Cenário econômico & Mercados
Inflação mais forte do que o topo das projeções dos analistas do mercado financeiro por 10 bp.
Este foi um recado pesado da economia real ao governo e todas suas esferas econômicas, em especial ao Banco Central, responsável pela condução da política monetária e exatamente o controle da inflação.
Para nossa surpresa, a coleta de preços de combustíveis, baseados em indicadores fornecidos pela ANP não capturou a pressão forte no setor e daí em partes explica o subdimensionamento das medidas.
Ainda assim, a maior inflação medida em agosto desde 2000 já mostrou que, acima de tudo, o ‘dinheiro’ nunca leva desaforo, ou seja, não se pode descuidar dos rumos da economia, pois o retorno é sempre imediato.
Dizemos isso, pois parte desta inflação continua a ser resultado do impacto da volatilidade do câmbio, que tem na instabilidade política sua grande fonte, gerando prêmios de risco cada vez mais crescentes.
Repetindo algo que já citamos aqui: o mercado financeiro não gera movimentos proativos, ele opera de maneira reativa; por isso a busca incessante por informação, de forma a tentar antecipar da melhor maneira possível o que ocorre na economia e na política.
Com isso, o papel dos governos, além de todas as obrigações institucionais derivadas de sua natureza é também dar segurança à economia real de que o futuro ocorrerá ‘sem ruídos’ e esta segurança na economia real se reflete na volatilidade dos ativos de mercado.
Por isso a demanda dos investidores por reformas estruturantes, segurança jurídica, desburocratização, respeito às instituições, pois são os elementos cruciais a alimentar um cenário de estabilidade.
A carta redigida a 4 mãos ontem contém sinais importantes, após um longo período de tensões institucionais e ela parte da presidência, ou seja, da autoridade máxima do país.
Agora precisamos que ela seja cumprida.
Atenção hoje ao IPC da Fipe levemente abaixo das projeções aos 1,34%, às vendas do varejo (restrito e amplo), aos dados já divulgados no Reino Unido e Alemanha, à decisão da Rússia em elevar os juros de 6,75% a 7% e à inflação ao atacado nos EUA.
Abertura de mercados
A abertura na Europa é positiva e os futuros NY abrem em alta, com a melhora do sentimento global, após 4 dias de perdas, com a abertura de conversas entre Biden e Xi Jiping.
Em Ásia-Pacífico, mercados positivos, com o recuo parcial do governo sobre as empresas chinesas de jogos e educação.
O dólar opera em queda contra a maioria das divisas centrais, enquanto os Treasuries operam positivos em todos os vencimentos.
Entre as commodities metálicas, sem rumo, com forte alta no cobre.
O petróleo abre em alta em Londres e Nova York, com menores estoques americanos e as conversas entre Biden e Xi Jiping.
O índice VIX de volatilidade abre em baixa de -6,38%.
Câmbio
Dólar à vista : R$ 5,2045 / -2,18 %
Dólar à vista : US$ 1,18 / 0,085%
Dólar / Iene : ¥ 109,96 / 0,219%
Libra / Dólar : US$ 1,39 / 0,253%
Dólar Futuro. (1 m) : 5315,39 / -0,16 %
Juros futuros (DI)
DI - Julho 22: 8,80 % aa (8,31%)
DI - Janeiro 23: 9,25 % aa (5,24%)
DI - Janeiro 25: 10,27 % aa (2,09%)
DI - Janeiro 27: 10,72 % aa (1,71%)
Bolsas de valores
Fechamento
Ibovespa: 1,7177% / 115.361 pontos
Dow Jones: -0,4330% / 34.879 pontos
Nasdaq: -0,2511% / 15.248 pontos
Nikkei: 1,25% / 30.382 pontos
Hang Seng: 1,91% / 26.206 pontos
ASX 200: 0,50% / 7.407 pontos
Abertura
DAX: 0,376% / 15681,95 pontos
CAC 40: 0,375% / 6709,69 pontos
FTSE 100: 0,297% / 7045,04 pontos
Ibovespa Futuros: 1,88% / 115891,00 pontos
S&P 500 Futuros: -0,450% / 4492,30 pontos
Nasdaq 100 Futuros: 0,334% / 15615,25 pontos
Commodities
Índice Bloomberg: 0,58% / 97,13 ptos
Petróleo WTI 1,44% / $69,33
Petróleo Brent: 1,37% / $72,71
Ouro: 0,17% / $1.795,70
Minério de Ferro: -0,41% / $133,82
Soja: -0,94% / $1.258,75
Milho: 0,60% / $499,00
Café: -1,46% / $185,00
Açúcar: -0,73% / $19,07