A ata da última reunião do COPOM reiterou a mensagem de cautela emitida pela autoridade monetária no comunicado da decisão de semana passada.
O parágrafo 22, o qual repetiu a mensagem e o 23 o qual contratou o próximo corte de 50 BP foram nítidos nas ambições do Banco Central de deixar as próximas decisões no âmbito "data driven", ou seja, dependentes dos indicadores econômicos no momento da próxima decisão.
Ao impor tal premissa, a abertura para uma pausa é considerável, tendo em mente a série de dados que projetam um fim de ano positivo para diversos setores e na inércia de tal movimento, levando para 2020 e para a próxima decisão um contexto mais positivo do que o atualmente observado.
As atenções são focadas tanto no leilão da cessão onerosa, quanto à votação da PEC paralela da previdência que ficou para hoje, com Alcolumbre ambicionando votar ambos os turnos na sessão atual.
Além da PEC, os investidores reagem ao anúncio do pacote econômico divulgado por Paulo Guedes ontem, considerado ambicioso e extenso, o que deve levar a um considerável fatiamento das demandas de modo a avançar em termos congressuais.
Há pontos de enorme relevância, correções históricas, avanços importantes, porém há pontos que sugerem tendo sido lançados ao estilo Guedes de "boi de piranha", ou seja, estão lá para não prosperarem. No curto prazo, ainda não faz mercado.
No geral, a atenção continua na perspectiva de algum avanço na guerra comercial EUA-China e o presumível recuo americano nas tarifações de dezembro como demonstração de boa fé para avançar na primeira fase das demandas de ambos os lados.
Estas é uma aparentemente condição sine qua non para novos avanços e Trump parece não querer retomar a volatilidade, ao menos neste momento, com a derrota republicana no governo do Kentucky.
Na agenda externa, além dos discursos de Harker e Williams do Fed, as atenções se voltam aos custos de mão de obra e produtividade trimestral nos EUA.
Atenção aos resultados de Qualcomm, Expedia, CVS, Fox, Papa John’s, BHP Billiton, Adidas, BMW, Sogeral, Liberty e SnapChat. Localmente, em destaque os balanços de ABC Brasil, Banco Inter, Carrefour, Comgás, T4F, TotvS, Utragás e Wiz.
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ABERTURA DE MERCADOS
A abertura na Europa é negativa na sua maioria e os futuros NY abrem em baixa, aguardando novos avanços na guerra comercial.
Na Ásia, o misto também pela expectativa por novos avanços nas tratativas comerciais.
O dólar opera em queda contra a maioria das divisas, enquanto os Treasuries operam negativos em todos os vencimentos.
Entre as commodities metálicas, altas, exceção ao cobre.
O petróleo abre em queda, no contexto de espera.
O índice VIX de volatilidade abre em alta de 1,98%
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 3,9933 / -0,61 %
Euro / Dólar : US$ 1,11 / 0,126%
Dólar / Yen : ¥ 108,96 / 0,184%
Libra / Dólar : US$ 1,29 / -0,023%
Dólar Fut. (1 m) : 3992,93 / -0,56 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Julho 20: 4,42 % aa (-0,12%)
DI - Janeiro 21: 4,49 % aa (0,00%)
DI - Janeiro 23: 5,47 % aa (0,92%)
DI - Janeiro 25: 6,02 % aa (0,50%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: -0,0554% / 108.719 pontos
Dow Jones: 0,1111% / 27.493 pontos
Nasdaq: 0,0175% / 8.435 pontos
Nikkei: 0,22% / 23.304 pontos
Hang Seng: 0,02% / 27.689 pontos
ASX 200: -0,55% / 6.660 pontos
ABERTURA
DAX: -0,155% / 13128,14 pontos
CAC 40: -0,006% / 5846,54 pontos
FTSE: -0,318% / 7364,58 pontos
Ibov. Fut.: -0,13% / 109091,00 pontos
S&P Fut.: 0,065% / 3073,90 pontos
Nasdaq Fut.: -0,006% / 8208,50 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: -0,08% / 80,66 ptos
Petróleo WTI: -0,63% / $56,87
Petróleo Brent:-0,73% / $62,42
Ouro: 0,29% / $1.488,50
Minério de Ferro: 0,00% / $82,85
Soja: -0,33% / $15,76
Milho: 0,26% / $382,75
Café: 0,05% / $106,10
Açúcar: -0,31% / $12,67