No limiar.
Este é o termo que se pode utilizar para a forte cautela adotada pelos investidores no atual mercado, em meio aos desafios que se impõem de agora em diante no mundo, em especial nos países desenvolvidos.
Estamos no limiar da recessão devido ao aperto monetário atrasado em países desenvolvidos, enquanto estamos no limiar da saída, cada vez mais truncada, da China da pandemia, enquanto estamos no limiar de processos eleitorais importantes no Brasil, EUA e China.
Por outro lado, estamos também no limiar da inflação alta, ainda que a questão energética permaneça como um elemento de pressão no médio prazo, em meio a todos os desinvestimentos promovidos numa série de matrizes energéticas, em nome de uma agenda global que não deve ser cumprida.
Em meio a tantos desafios, o comportamento dos investidores se torna cada vez mais defensivo e gera as distorções de volatilidades observadas sessão a sessão do mercado, dificultando inclusive a tomada de posições direcionais mais longas, a depender do ativo.
As divisas de mercados emergentes passaram por um sell-off recente bastante intenso, o que sinalizaria um aumento da aversão ao risco, porém a recompra com igual intensidade na sessão de hoje demonstra que a volatilidade ainda é a maior marca do atual cenário.
Em resumo, não existe um movimento único de aversão ao risco, de busca por safe havens ou mesmo troca intensa de ativos, existe sim a volatilidade e a falta da observação de um cenário mais unificado.
Localmente, as pressões nas curvas de juros continuam a refletir o risco de piora fiscal, em meio as discussões da PEC dos benefícios e possibilidade de gastos adicionais, enquanto se aproxima o processo eleitoral.
Hoje na agenda, a ata da última reunião do FOMC é o indicador mais importante do dia, exatamente devido às discussões de extensão do ciclo de aperto monetário nos EUA e como isso pode impactar a economia mundial.
O Fed iniciou de maneira atrasada a normalização dos juros e agora, acelera a retirada de estímulos via operações de mercado para tentar compensar a inflação causada pelo processo e já o BCE, continua a atrasar o processo europeu ainda mais.
ABERTURA DE MERCADOS
A abertura na Europa é positiva e os futuros NY abrem em alta, na expectativa pela ata da última reunião do FOMC.
Em Ásia-Pacífico, mercados negativos, com sinais de retomada de testes em massa em cidades chinesas para COVID-19.
O dólar opera em alta contra a maioria das divisas centrais, enquanto os Treasuries operam positivos em todos os vencimentos.
Entre as commodities metálicas, quedas, destaque ao cobre e minério de ferro.
O petróleo abre em alta em Londres e alta em Nova York, com temores de oferta.
O índice VIX de volatilidade abre em alta de 0,76%.
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 5,3883 / 1,10 %
Euro / Dólar : US$ 1,02 / -0,477%
Dólar / Yen : ¥ 135,28 / -0,420%
Libra / Dólar : US$ 1,19 / -0,008%
Dólar Fut. (1 m) : 5438,00 / 1,37 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Junho 23: 13,82 % aa (0,74%)
DI - Janeiro 24: 13,52 % aa (0,60%)
DI - Janeiro 26: 12,78 % aa (1,03%)
DI - Janeiro 27: 12,82 % aa (0,99%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: -0,3186% / 98.295 pontos
Dow Jones: -0,4162% / 30.968 pontos
Nasdaq: 1,7470% / 11.322 pontos
Nikkei: -1,20% / 26.108 pontos
Hang Seng: -1,22% / 21.587 pontos
ASX 200: -0,53% / 6.594 pontos
ABERTURA
DAX: 1,534% / 12591,46 pontos
CAC 40: 1,748% / 5896,27 pontos
FTSE: 1,580% / 7136,50 pontos
Ibov. Fut.: -0,32% / 99528,00 pontos
S&P Fut.: 0,01% / 3834,5 pontos
Nasdaq Fut.: -0,015% / 11808,50 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: 0,24% / 112,14 ptos
Petróleo WTI: 0,24% / $99,74
Petróleo Brent: 0,93% / $103,73
Ouro: -0,23% / $1.760,68
Minério de Ferro: -0,94% / $111,45
Soja: -0,71% / $1.564,00
Milho: 1,49% / $747,00
Café: -1,66% / $224,65
Açúcar: 0,11% / $17,82