Mercados Globais
A semana começa com os mercados digerindo a semana passada, cheia de medidas e sinais emitidos pelo governo Trump e que, como era de se esperar, aumentam as incertezas e a volatilidade dos mercados globais.
Os indicadores mais importantes para a condução d apolítica monetária saem ao longo da semana e estão relacionados ao comportamento do mercado de trabalho, com as folhas de pagamento da ADP na quarta feira e a situação do emprego na sexta (payroll). Amanhã começa a reunião do Comitê de Política Monetária do FED (FOMC), que pode elevar a taxa básica de juros em mais 0,25%, dando continuidade ao ciclo de alta. Esses eventos vão dominar a semana, que ainda terá as reações globais às medidas protecionistas e restritivas à imigração impostas por Trump.
Em meio ao feriado chinês do ano novo lunar, o petróleo se mantem em ligeira queda, com preços pressionados para baixo com a constatação de que a produção dos EUA aumentou em decorrência da alta dos preços. Com preços acima de US$ 45 e US$ 50 a produção de xisto se viabiliza. Dessa forma, a restrição da produção da OPEP reduz a oferta global, mas ela é compensada pelo aumento da produção dos EUA. Veja o gráfico da produção mensal de petróleo dos EUA, em milhares de barris:
Apesar de ainda estar muito abaixo dos níveis de 2015, ela vem subindo consideravelmente. Após bater US$ 55 o barril, no início do mês, o petróleo recuou 3,5% e está saindo a US$ 53,00 o contrato futuro WTI.
Na Europa foi divulgado o índice de confiança econômica, elaborado pela Comissão Europeia. Ele veio em alta, com 108,2 ponto, frente a 107,8 no mês anterior. Veja o gráfico abaixo:
Apesar da boa notícia, os mercados europeus de ações e moedas operam em queda. Nos EUA, não haverá balanços a serem divulgados hoje. Os dados de consumo pessoal e o índice de inflação para os consumidores (PCE) serão importantes drivers para os mercados de títulos.
Brasil
A Fundação Getúlio Vargas divulgou o IGP-M de janeiro, que veio em alta de 0,64% ante 0,54% em dezembro. O IPA (atacado) mante-se estável, de 0,69% em dezembro para 0,70% em janeiro. O IPC (consumidor) subiu de 0,20% para 0,64%. Essa alta faz parte do padrão sazonal de janeiro, que absorve a elevação de preços em vários segmentos e não altera as projeções para o fechamento anual, que ficará perto de 4,5% para o consumidor. Em janeiro do ano passado o IGP-M veio em 1,14%. Veja a tabela do IGP-M de janeiro:
A temporada de balanços terá nessa semana a divulgação do resultado de Klabin (SA:KLBN4) no dia 1º e Bradesco (SA:BBDC4) e TIM no dia 02.