CENÁRIO MACROECONÔMICO
A semana fecha com eventos sumários à economia americana e brasileira. Após o anúncio das taxações de 25% no aço e 10% no alumínio, isentando o Nafta e abrindo para negociações com alguns países, algo que pode se converter em inflação no futuro, o mercado de trabalho volta ao foco.
Junto ao ADP na quarta-feira, foram divulgados a produtividade e o custo de mão de obra, este último acima das expectativas e denotando pressão de salários.
O mesmo pode ocorrer com o Payroll e o custo de mão de obra na medida, reforçando ainda mais a possibilidade de um aperto adicional de juros ainda este ano.
Localmente, os mais recentes indicadores de varejo demonstraram o item alimentação sendo mais uma vez responsável pelo alívio dos preços, evento que pode se estender por 2018, como no ano passado, talvez não na mesma intensidade.
Ainda assim, o reforço de um IPCA controlado e consolidação das projeções em níveis inferiores ao centro da meta reforçam o contexto de continuidade do ciclo de afrouxamento monetário, no qual já se discutem, ainda prematuramente, avanços além da reunião deste mês.
6,5% já é piso.
CENÁRIO POLÍTICO
O anúncio da tarifação de Trump, mais flexível do que incialmente indicado e já isentado os membros da NAFTA ainda geram tensões entre os produtores de commodities.
Todavia, analistas americanos dizem que Trump foi melhor “briefado” das consequências de uma guerra comercial e administra danos, ao citar abertura para outros países evitarem a taxação.
Para alívio de tal situação, Kim Jong Un, líder norte coreano indicou que quer encontrar Trump e discutir a desnuclearização e avanços entre os países.
Esta retórica se assemelha muito ao que seu pai fazia no passado, principalmente nos momentos mais difíceis ao regime.
Era de praxe Kim Jong Il esbravejar ataques nucleares para conseguir ajuda humanitária, recursos materiais, para então passar um período quieto e voltar a esbravejar.
A tendência é que isso se repita.
CENÁRIO DE MERCADO
A abertura na Europa é sem rumo, e os futuros NY abrem em alta, na expectativa pelos dados do mercado de trabalho. Na Ásia, o fechamento foi com ganhos, seguindo o pedido de encontro da Coreia do Norte.
O dólar opera em estabilidade contra a maioria das divisas, enquanto os Treasuries operam em alta em todos os vencimentos observados.
Entre as commodities metálicas, a “vítima”, o minério de ferro, continua em queda, assim como o ouro, enquanto o restante sobe.
O petróleo abre em alta em todas as praças, com o anúncio do encontro dos presidentes
O índice VIX de volatilidade abre em queda acima de 1,5%.
INDICADORES
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 3,2645 / 0,65 %
Euro / Dólar : US$ 1,23 / -0,114%
Dólar / Yen : ¥ 106,76 / 0,499%
Libra / Dólar : US$ 1,38 / 0,007%
Dólar Fut. (1 m) : 3268,77 / 0,60 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Janeiro 19: 6,46 % aa (-0,12%)
DI - Janeiro 20: 7,32 % aa (-0,54%)
DI - Janeiro 22: 8,82 % aa (-0,11%)
DI - Janeiro 25: 9,61 % aa (0,31%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: -0,58% / 84.985 pontos
Dow Jones: 0,38% / 24.895 pontos
Nasdaq: 0,42% / 7.428 pontos
Nikkei: 0,47% / 21.469 pontos
Hang Seng: 1,11% / 30.996 pontos
ASX 200: 0,34% / 5.963 pontos
ABERTURA
DAX: -0,284% / 12320,54 pontos
CAC 40: 0,148% / 5261,76 pontos
FTSE: -0,046% / 7199,92 pontos
Ibov. Fut.: -0,19% / 85583,00 pontos
S&P Fut.: 0,000% / 2739,30 pontos
Nasdaq Fut.: 0,090% / 6980,50 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: -0,09% / 87,59 ptos
Petróleo WTI: 0,82% / $60,61
Petróleo Brent:0,96% / $64,22
Ouro: -0,16% / $1.319,94
Minério de Ferro: -2,01% / $73,01
Soja: -0,10% / $19,23
Milho: -0,19% / $385,00
Café: -0,25% / $119,00
Açúcar: 0,31% / $12,96