O retorno dos feriados no exterior e a véspera do feriado no Brasil mantém o foco na agenda local, com a divulgação do IPCA e a expectativa dos analistas pela terceira deflação seguida do índice, em meio à descompressão de alimentos, transportes e habitação.
Para o Brasil, ainda que já existam sinais de reflação, ou seja, o retorno de algumas pressões de preços, o cenário de preços para os próximos meses continua relativamente modesto, o que aproxima a taxa anual do IPCA dos 5%.
Isso se difere fortemente do que tem ocorrido nos EUA, onde as taxas anuais devem se manter acima de 8%, mesmo após um forte derrame dos estoques regulatórios americanos de gasolina, de forma a forçar a queda de preços, às vésperas das eleições de meio de mandato.
Na Europa, a situação com a Rússia e o problema de estímulos, semelhante aos EUA, devem forçar a manutenção da inflação acima dos 9% ao ano, sem sinais concretos de chegada de pico de preços.
Como pode se ver, a situação local é diametralmente oposta à observada no exterior e ao menos no curto prazo, a tendência de manutenção do cenário relativamente benéfico de preços, com o petróleo novamente voltando a cair no mercado internacional, safras positivas em diversas localidades e no Brasil, além da perspectiva de um La Niña menos intenso no final do ano, evitando estiagens.
De volta ao mercado global, a temporada de balanços começa a dar os primeiros sinais daquilo que pode ser o prelúdio de uma real recessão, com diversas empresas registrando prévias desanimadoras e cenários igualmente desoladores.
O pior vem das fabricantes de chips, as quais tem enfrentado a necessidade de troca de tecnologia, devido à obsolescência, porém os cenários recessivos já atingem a demanda, exatamente quando a troca de tecnologia vem acompanhada do aumento de preços, devido à inflação, além da guerra comercial 2.0, a qual atinge o setor entre EUA x China.
Para completar, além de um relatório de trabalho mostrando ainda um forte aquecimento, o BoE interveio novamente no Gilts, citando "A disfunção neste mercado e a perspectiva de uma dinâmica de 'venda incendiária' auto-reforçada representam um risco material para a estabilidade financeira do Reino Unido.
ABERTURA DE MERCADOS
A abertura na Europa é negativa e os futuros NY abrem em baixa, com o maior temor global de recessão.
Em Ásia-Pacífico, mercados negativos, puxados por empresas fabricantes de chips, em meio à recessão, regulações e inflação.
O dólar opera em alta contra a maioria das divisas centrais, enquanto os Treasuries operam positivos em todos os vencimentos.
Entre as commodities metálicas, quedas, com destaque à prata, cobre e minério de ferro.
O petróleo cai em Londres e em Nova York, com temores de recessão global e de continuidade da COVID na China.
O índice VIX de volatilidade abre em alta de 4,04%.
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 5,1903 / -0,27 %
Euro / Dólar : US$ 0,97 / -0,072%
Dólar / Yen : ¥ 145,75 / 0,021%
Libra / Dólar : US$ 1,10 / -0,100%
Dólar Fut. (1 m) : 5208,50 / -0,46 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Junho 23: 13,61 % aa (0,16%)
DI - Janeiro 24: 12,71 % aa (-0,43%)
DI - Janeiro 26: 11,33 % aa (-0,40%)
DI - Janeiro 27: 11,33 % aa (-0,26%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: -0,3735% / 115.941 pontos
Dow Jones: -0,3205% / 29.203 pontos
Nasdaq: -1,0354% / 10.542 pontos
Nikkei: -2,64% / 26.401 pontos
Hang Seng: -2,23% / 16.832 pontos
ASX 200: -0,34% / 6.645 pontos
ABERTURA
DAX: -1,166% / 12129,86 pontos
CAC 40: -0,954% / 5784,86 pontos
FTSE: -1,162% / 6878,45 pontos
Ibov. Fut.: -0,53% / 116060,00 pontos
S&P Fut.: -0,97% / 3590,25 pontos
Nasdaq Fut.: -0,970% / 10879,00 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: -1,19% / 114,63 ptos
Petróleo WTI: -2,58% / $88,78
Petróleo Brent: -2,36% / $93,92
Ouro: -0,40% / $1.661,59
Minério de Ferro: -2,42% / $94,60
Soja: -0,25% / $1.370,50
Milho: -0,14% / $697,25
Café: -0,09% / $217,10
Açúcar: -1,18% / $18,39