Largamos em um dia de grande relevância, novamente desde o micro, ao macroeconômico; com o início da reunião do FOMC, em meio à uma série de dados desafiadores; com o IPCA-15 e a percepção de menor inflação no Brasil.
No ambiente corporativo, sai o resultado de Carrefour (BVMF:CRFB3) no Brasil após o fechamento e no exterior, saem os resultados de UBS, Unilever (LON:ULVR), GE, UPS, Lilly, 3M e Sherwin Williams antes da abertura e Alphabet (NASDAQ:GOOGL), AMD, Visa, Twitter, Microsoft (NASDAQ:MSFT) e Texas após o fechamento.
Neste ambiente prolifico de indicadores macroeconômicos, muitas empresas reportam seus resultados, vários acima das expectativas, porém com ressalvas para as expectativas em relação ao futuro, especialmente nos EUA e Europa, onde os desafios da política monetária podem endurecer o cenário possivelmente recessivo.
Isto e uma série de indicadores macroeconômicos mais fracos tende a ser levado hoje em consideração pelo FOMC durante sua decisão de juros e apesar do contrato de elevação de 75 bp, é possível que o mesmo seja o último nesta dimensão, com uma possível redução de ritmo daqui até o fim do ano.
Ao contrário do que acontece aqui com o Bacen, o Fed não se deixou levar pela exigência do mercado por juros mais altos após a última reunião e seus membros vieram a público corrigir esta visão distorcida, criada pelos investidores.
Por aqui, somente o IPC-S semanal mais fraco deu um alívio consistente nos vértices da curva de juros, ainda que não tenham acompanhado o potencial embutido na valorização do Real frente ao dólar.
Isso por que agora, a motivação para a pressão nos juros deixou de ser inflacionária e passou para o fiscal, sendo que, mesmo com a elevação de gastos no futuro, o cenário nem de longe se aproxima da relação dívida/PIB de 100%, como se preconizou no passado e não ocorreu.
Essa descompressão de preços, a qual ainda sofre alguma resistência no item alimentação, mas já é mais disseminada no restante da inflação tende a prevalecer na percepção do COPOM quanto ao futuro dos juros, caso contrário, obedecerá aos desígnios do mercado que nem sempre precifica, mas exige os juros que quer.
Daí a importância da leitura do IPCA-15 hoje e a observação de indicadores semanais de inflação, como o IPC da Fipe abaixo da mediana do mercado aos 0,33% (Infinity: 0,28%).
ABERTURA DE MERCADOS
A abertura na Europa é positiva e os futuros NY abrem em baixa, na expectativa pela reunião do FOMC e uma série de dados e balanços.
Em Ásia-Pacífico, mercados positivos, após o PIB coreano acima das projeções e o BoJ indicando inserir novos estímulos à economia, caso seja necessário.
O dólar opera em alta contra a maioria das divisas centrais, enquanto os Treasuries operam negativos em todos os vencimentos.
Entre as commodities metálicas, altas, destaque ao minério de ferro e cobre.
O petróleo abre em alta em Londres e alta em Nova York, por temores de oferta.
O índice VIX de volatilidade abre em alta de 2,05%.
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 5,3589 / -2,52 %
Euro / Dólar : US$ 1,01 / -0,450%
Dólar / Yen : ¥ 136,75 / -0,066%
Libra / Dólar : US$ 1,20 / -0,266%
Dólar Fut. (1 m) : 5378,66 / -2,37 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Junho 23: 13,96 % aa (-1,08%)
DI - Janeiro 24: 13,74 % aa (-0,54%)
DI - Janeiro 26: 13,09 % aa (-0,68%)
DI - Janeiro 27: 13,14 % aa (-0,76%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: 1,3596% / 100.270 pontos
Dow Jones: 0,2845% / 31.990 pontos
Nasdaq: -0,4347% / 11.783 pontos
Nikkei: -0,16% / 27.655 pontos
Hang Seng: 1,67% / 20.906 pontos
ASX 200: 0,26% / 6.807 pontos
ABERTURA
DAX: -0,363% / 13162,43 pontos
CAC 40: -0,031% / 6235,60 pontos
FTSE: 0,649% / 7353,71 pontos
Ibov. Fut.: 1,26% / 101035,00 pontos
S&P Fut.: -0,23% / 3960,75 pontos
Nasdaq Fut.: -0,245% / 12326,25 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: 1,36% / 119,66 ptos
Petróleo WTI: 1,92% / $98,56
Petróleo Brent: 1,65% / $106,88
Ouro: 0,04% / $1.717,18
Minério de Ferro: 5,69% / $112,20
Soja: 1,39% / $1.494,50
Milho: 2,24% / $593,25
Café: 1,50% / $212,35
Açúcar: 0,97% / $17,62