Passada uma semana intensa em termos de indicadores por conta da decisão do comitê de política monetária (FOMC) do Federal Reserve, começa uma semana limitada para a agenda local e intensa em termos internacionais.
O principal foco local é o IPCA-15, com projeção de contração considerável, o que mantém intacto o espaço para cortes de juros por parte do Banco Central e nos EUA, indicadores de atividade econômica e setor imobiliário.
A falta de uma sinalização mais Hawkish (de alta nos juros) nos EUA frustrou muitas posições de mercado e forçou a reposicionamentos intensos de ativos após a decisão. Deste modo e pela falta de indicação do atual plano econômico do governo, o foco retorna aos dados de atividade.
Em resumo, Fed continua a subir os juros e o mercado não quer ligar para isso, ao menos neste momento.
CENÁRIO DE MERCADO
A semana começa com a expectativa pela ata da reunião do G-20, a qual na opinião de diversos analistas, foi uma das piores dos últimos anos e os mercados reagem com leves correções na Europa e futuros das bolsas em NY, com fechamento errático na Ásia.
Parte das commodities opera em alta, puxadas pelas metálicas como aço e platina, com a alta mais significativa do ouro em duas semanas. Já o petróleo perde força novamente com o aumento da extração americana.
O dólar começa mais uma sessão em queda, com movimento errático dos rendimentos dos Treasuries, em estabilidade em diversos vencimentos.
CENÁRIO POLÍTICO
A operação carne fraca não somente expos as campeãs nacionais financiadas novamente pelo BNDES, como pode deflagrar uma crise no comercio exterior brasileiro no curto prazo.
Sendo já alvo relativamente constante de sanções diversas, os fazendeiros europeus exigem que o Mercosul mantenha o rastreamento da origem da carne brasileira e banir o uso de carne e derivados em rações de aves oriundo daqui.
O presidente Temer criou uma força tarefa para investigar os frigoríficos alvo da investigação, ou seja, mais uma vez o governo age reativa e não proativamente e o setor que levou anos para construir uma base de mercados mais sólida, já sofre com sanções da Coréia do Sul e China.
Mais uma vez, o corporativismo e não o “capitalismo”, como muitos dizem por aí, afetam a economia brasileira de geram novos revezes.
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 3,0916 / -0,89 %
Euro / Dólar : US$ 1,08 / 0,168%
Dólar / Yen : ¥ 112,76 / 0,053%
Libra / Dólar : US$ 1,24 / 0,129%
Dólar Fut. (1 m) : 3113,98 / -0,39 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Janeiro 18: 10,01 % aa (-0,12%)
DI - Janeiro 19: 9,54 % aa (0,00%)
DI - Janeiro 21: 9,97 % aa (-0,20%)
DI - Janeiro 25: 10,33 % aa (-0,19%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: -2,39% / 64.210 pontos
Dow Jones: -0,10% / 20.915 pontos
Nasdaq: 0,00% / 5.901 pontos
Nikkei: -0,35% / 19.522 pontos
Hang Seng: 0,79% / 24.502 pontos
ASX 200: -0,36% / 5.779 pontos
ABERTURA
DAX: -0,489% / 12036,05 pontos
CAC 40: -0,492% / 5004,50 pontos
FTSE: -0,180% / 7411,62 pontos
Ibov. Fut.: -0,19% / 64757,00 pontos
S&P Fut.: -0,185% / 2370,80 pontos
Nasdaq Fut.: -0,102% / 5403,00 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: -0,24% / 85,03 ptos
Petróleo WTI: -1,41% / $48,09
Petróleo Brent:-1,16% / $51,16
Ouro: 0,33% / $1.233,30
Aço: 0,69% / $90,09
Soja: 0,05% / $18,93
Milho: 0,61% / $369,50
Café: 0,75% / $140,80
Açúcar: 0,55% / $18,34