Os mercados iniciam a semana atentos à agenda de indicadores e eventos econômicos dos próximos dias. Dados de inflação ao consumidor e do Produto Interno Bruto (PIB) no Brasil e nos Estados Unidos estão em destaque a partir de amanhã, o que deixa os investidores em compasso de espera na sessão desta segunda-feira (26).
O sinal negativo prevalece nesta manhã no exterior. Os futuros dos índices das bolsas de Nova York exibem perdas moderadas, assim como as praças europeias. Na Ásia, apenas Tóquio subiu. Entre as commodities, o petróleo recua e o minério de ferro também - e a culpa é da China, claro. O dólar está estável e as Treasuries têm viés de baixa.
Esse ambiente mais calmo esconde a ansiedade dos mercados em relação ao rumo dos juros no Brasil e nos EUA, à medida que as apostas otimistas de cortes agressivos nas taxas vão perdendo força. Isso reduz a atratividade do Ibovespa ao mesmo tempo em que fortalece o dólar.
Por ora, a bolsa brasileira acumula alta de 1,3% em fevereiro, mas cai 3,6% nos dois primeiros meses deste ano. Já o dólar avança pouco mais de 1% neste mês e quase 3% desde o início de 2024. Ou seja, o rali do fim do ano passado deu espaço a uma correção - tímida - nos preços, à medida que a expectativa de estímulos monetários não se confirma.
Daí porque os últimos dias de fevereiro podem ser decisivos para o rumo dos ativos neste primeiro trimestre e, quiçá, semestre. Afinal, o apetite por risco depende do início dos cortes pelo Federal Reserve o quanto antes - de preferência, até junho - o que aprofundaria a queda já em curso da taxa Selic, beneficiando o Ibovespa e o real entre os emergentes.
Semana tem IPCA-15, PCE e PIB
A prévia deste mês do índice de preços ao consumidor brasileiro (IPCA-15), na terça-feira (27), inaugura as divulgações relevantes da semana. A expectativa é de nova aceleração no dado mensal, em meio à pressão vinda das mensalidades escolares e também do fim do benefício fiscal nos combustíveis. No mesmo dia, o Banco Central deve divulgar a Focus.
Já na quarta-feira (28), o radar se desloca para os EUA, onde sai a segunda estimativa sobre o desempenho da maior economia do mundo ao final de 2023. Vale lembrar que na primeira leitura, a taxa anualizada mostrou forte desaceleração da atividade em relação ao trimestre anterior, mas ficou acima do esperado.
No dia seguinte (29), é a vez do índice de preços preferido do Fed. Combinados, o PCE e o PIB dos EUA devem calibrar as expectativas sobre quando devem começar os cortes na taxa de juros por lá. Por fim, na sexta-feira, o mês de março começa com os números do PIB brasileiro, que podem surpreender, mais uma vez.
Também no fim da semana, merecem atenção os dados sobre a atividade na indústria e nos setor de serviços na China, que já devem refletir a demanda doméstica durante as festividades do Ano Novo Lunar. Na temporada de balanços, destaque ainda para BRF (BVMF:BRFS3) hoje, após o fechamento, além de Ambev (BVMF:ABEV3), Suzano (BVMF:SUZB3), XP (BVMF:XPBR31) e MRV (BVMF:MRVE3), entre outras. Americanas (BVMF:AMER3), enfim, saiu há pouco.
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