A crise, deflagrada na quarta-feira (17/5) à noite, em função das revelações premiadas, dos donos do frigorífico JBS (SA:JBSS3), e noticiadas pelo Jornal O Globo, afetaram o mercado e provocaram resistência para a venda a prazo para esse frigorífico.
Apesar dos resultados deletérios da denúncia, não houve pressão negativa adicional sobre as cotações em relação à semana anterior e nem terrorismo de mercado.
As compras a prazo, apesar da campanha para a venda à vista, disseminada nas redes sociais, aconteceram ao longo da semana e estavam na rotina dos compradores, mesmo com pouco volume de negócios fechados.
Se as compras a prazo vingarem, isso representará ao vendedor, ao pecuarista, um custo financeiro de 5,3% ao mês caso precise do dinheiro à vista, que é o que os bancos cobram para um empréstimo por 30 dias, no hot money.
A cotação da arroba do boi gordo vem sendo torpedeada desde o dia 17 de março, com o advento da operação Carne Fraca, quando as cotações caíram violentamente. De lá para cá vivemos a volta do Funrural, que sequestrará parte do lucro da atividade, do ICMS sobre a carne em São Paulo e agora a imposição do pagamento com 30 dias de prazo. Não está fácil.