Mais um índice inflacionário mostrando controle, mais um motivo para um corte de juros mais pronunciado, o qual pode simplesmente não ocorrer.
O IPC-Fipe semanal aos 0,04% se une à uma gama de indicadores de preço e atividade econômica que sugerem não somente um cenário de preços totalmente controlado, porém um possível double dip recessivo no início do terceiro trimestre.
Isto não só frustra os planos políticos do atual governo de entregar uma recuperação, como frustra também a confiança de consumidores, empresários e investidores.
Neste contexto, o correto seria o afrouxamento monetário, o qual depende fortemente das reformas de cunho fiscal e de atividade econômica para ser dado continuidade de maneira sólida e evitar os efeitos inflacionários posteriores, como observados no passado recente, com os juros aos 7,25% aa.
CENÁRIO POLÍTICO
Entre a eleição na procuradoria geral da república, a denúncia de Janot contra Temer, o que deve gerar o teste definitivo da base do governo, a sentença de 12 anos de Palocci dada por Moro e a votação na CCJ da reforma trabalhista, o cenário brasileiro continua contaminado pela política.
O cenário atual ameaça ainda mais as reformas estacionadas no congresso, mesmo que os políticos necessitem, e muito, das mesmas para não sofrerem um forte revés eleitoral no pleito de 2018.
A tendência é que Temer continue com a anuência e proteção do congresso quanto ao seu mandatado, porém o mesmo não poderia ser dito em relação às reformas, o que em certo ponto deixa de fazer total sentido.
Para que valeria manter um presidente, se as reformas não avançarem? Mais uma vez, Brasil sendo Brasil.
CENÁRIO DE MERCADO
A abertura na Europa é negativa, com as declarações de Mario Draghi, indicando a necessidade de manutenção dos estímulos à economia, o que pode indicar falta de tração na reação do bloco.
Os futuros em NY seguem a mesma linha, de olho no discurso hoje de Yellen e dados do mercado imobiliário.
O dólar opera em queda contra a maioria das divisas desde a abertura, enquanto os Treasuries operam com alta no rendimento em todos os vencimentos observados pela terceira sessão seguida.
Entre as commodities metálicas, a alta é generalizada, inclusive do minério de ferro nos portos chineses.
O petróleo mantém o ritmo de recuperação e opera em alta em NY e Londres, apesar da ainda alta significativa dos estoques físicos globais.
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 3,2968 / -1,39 %
Euro / Dólar : US$ 1,13 / 0,635%
Dólar / Yen : ¥ 111,73 / -0,116%
Libra / Dólar : US$ 1,27 / 0,157%
Dólar Fut. (1 m) : 3304,80 / -1,19 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Janeiro 18: 8,96 % aa (-0,12%)
DI - Janeiro 19: 8,96 % aa (-0,44%)
DI - Janeiro 21: 10,18 % aa (-0,29%)
DI - Janeiro 25: 10,86 % aa (-0,37%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: 1,80% / 62.188 pontos
Dow Jones: 0,07% / 21.410 pontos
Nasdaq: -0,29% / 6.247 pontos
Nikkei: 0,36% / 20.225 pontos
Hang Seng: -0,12% / 25.840 pontos
ASX 200: -0,10% / 5.714 pontos
ABERTURA
DAX: -0,340% / 12727,46 pontos
CAC 40: -0,429% / 5273,04 pontos
FTSE: -0,052% / 7442,96 pontos
Ibov. Fut.: -0,19% / 62999,00 pontos
S&P Fut.: -0,090% / 2433,80 pontos
Nasdaq Fut.: -0,355% / 5757,75 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: 0,64% / 80,39 ptos
Petróleo WTI: 1,06% / $43,84
Petróleo Brent:1,22% / $46,39
Ouro: 0,56% / $1.251,72
Minério de Ferro: 1,37% / $55,50
Soja: 0,29% / $17,39
Milho: 0,49% / $361,50
Café: 0,49% / $122,55
Açúcar: 0,32% / $12,63