Os investidores foram atrás de mais descontos ontem (8) e deram continuidade à caça por pechinchas iniciada na última sexta-feira (5). Os mercados globais ignoram os sinais de que talvez o Federal Reserve não seja tão rápido e agressivo nos cortes dos juros dos Estados Unidos, evitando uma correção mais firme nos preços dos ativos.
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Por ora, é o Fed quem parece estar exagerando na cautela. A prova dos nove - ou do pudim, se preferir - está prevista para quinta-feira (11), quando dados sobre a inflação ao consumidor norte-americano (CPI) podem reforçar (ou não) a mensagem deixada pelos números robustos sobre o emprego nos EUA.
No mesmo dia, também será conhecido o índice de preços ao consumidor brasileiro. Mas a reação ao IPCA vai a reboque do CPI. Isso porque se os juros nos EUA não caírem tanto quanto os mercados esperam - ou mesmo se ainda precisar de um ajuste residual para cima - a taxa Selic também pode frustrar as expectativas e ficar ao redor de dois dígitos.
Mercado em espera
Trata-se de um cenário bem diferente daquele que garantiu o “rali de tudo” nos últimos dois meses de 2023. Porém, a primeira semana de 2024 deixou claro que o tom do novo ano pode ser diferente daquele azul antes da virada.
A questão crucial é saber se a inflação foi controlada - e se permanecerá assim se estímulos monetários foram liberados. É isso que deve ajudar a entender melhor as perspectivas para este primeiro trimestre.
Com isso, os mercados tendem a ficar em compasso de espera nos próximos dias, com passos curtos em busca de oportunidades. Porém, o ritmo deve ser lateral nesta terça-feira (9), ainda mais diante da agenda fraca do dia.
Nesta manhã, o sinal negativo prevalece entre os índices futuros das bolsas de Nova York, enquanto o petróleo avança. Mas o minério de ferro caiu no mercado futuro em Dalian, em meio à frustração com a economia chinesa, que faz Hong Kong se aproximar da mínima em 14 meses.