Os mercados esperam receber nesta quarta-feira (6) motivos para calibrar as expectativas em relação aos cortes nos juros dos Estados Unidos. O presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, depõe no Congresso a partir do meio-dia. A fala dele já foi antecipada na última sexta-feira (1º), mas espera-se novidades.
De um modo geral, Powell deve seguir o roteiro, enfatizando a necessidade de maior confiança de que a inflação cairá em direção à meta de 2% do Fed para, então, iniciar a redução dos juros. Se for só isso, dificilmente o principal evento do dia terá forças para movimentar os mercados ou ajustar as apostas.
Por ora, as chances majoritárias de início do ciclo estão concentradas em junho, mas as possibilidades foram diluídas ao longo dos meses seguintes. O placar para nova queda em julho está dividido, ao passo que um segundo corte em setembro é dado como certo, podendo (ou não) ser seguido de reduções adicionais em novembro e em dezembro.
Dia também tem dados de emprego
Isso porque os preços ao consumidor ainda mostram sinais de resiliência e acúmulo de pressão inflacionária, à medida que o mercado de trabalho nos EUA segue robusto. Ou seja, é necessária uma fraqueza adicional na criação de emprego para tirar o Fed da inércia, ainda que sem pressa em cortar as taxas.
Com isso, também merecem atenção os dados dos relatórios ADP (10h15) e Jolts (12) sobre a criação de postos de trabalho no setor privado dos EUA em fevereiro e a oferta de vagas pelas empresas em janeiro. À tarde, a agenda reserva ainda a publicação do Livro Bege (16h).
O Ibovespa deve ter mais uma sessão sob a influência do exterior, apesar dos balanços de CSN (BVMF:CSNA3) e 3R Petroleum (BVMF:RRRP3), entre outras, previstos para depois do fechamento do pregão, bem como os números sobre a produção industrial nacional em janeiro (9h), que podem dar pistas sobre até quando a atividade precisará de estímulos monetários.
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