A última semana que passou aventou um risco que até então não estava sendo considerado, o retorno da tendência de baixa no ibovespa.
E se realmente acontecer, o que fazer?
Depois de finalmente conseguir virar o jogo no início de agosto, corre-se o risco de virar para baixo novamente e desenhar uma grande figura de queda, conhecida como OCO (ombro-cabeça-ombro) na análise gráfica, mas não quero me atentar à análise do ibovespa em si e sim falar sobre o tema: o que fazer quando o mercado está caindo.
Para os grandes players, a preocupação maior é preservar o capital em momentos de crise. E como fazem isso?
Em muitos casos, através de operações de hedge utilizando o índice futuro.
Para os day-traders, aqueles que iniciam e encerram operações em um único dia, é indiferente, pois a sua única preocupação é a movimentação ao longo do dia. Precisam apenas de volatilidade para operar.
Pequenos e médios investidores saem do mercado esperando o final de crise.
Podemos ganhar com a crise ao invés de ficarmos simplesmente de fora. Como?
Se estivermos capitalizados podemos:
- comprar um carro;
- comprar um imóvel;
- adquirir empresas;
- investir em ações.
Investir em ações? Mas como? Não está caindo? Vou perder meu dinheiro.
A maioria das pessoas pensa assim: compra-se algo, espera-se valorizar e revende com lucro.
O que poucos percebem é que para se ter lucro basta apenas o valor da venda ser maior do que o da compra, mas não necessariamente a venda precisa acontecer depois.
Se está caindo, vendemos antes e recompramos depois, mais barato.
Mas como posso vender algo que ainda não comprei?
Aí vem a grande sacada: aluga-se o bem em si, vende-o agora e o recompra mais à frente por um preço menor. Devolve o bem alugado ao seu titular, paga o aluguel e fica com o lucro da operação.
Na bolsa brasileira, aqueles investidores de longo prazo que não pretendem se desfazer de seus ativos, para conseguir alguma remuneração extra, costumam disponibilizá-los para aluguel.
Através do BTC (Banco de Títulos da CBLC – Companhia Brasileira de Liquidação e Custódia), podem ser disponibilizados ativos para alugar.
Quem tiver interesse em alugar algum ativo, entra em contato com uma corretora de valores que checa a disponibilidade e taxas do ativo em questão e efetua a transação.
As taxas são livremente pactuadas entre as partes. Normalmente variam de 0,5% a 6% a.a. e cobradas proporcionalmente ao período alugado, ou seja, normalmente não pesam.
A CBLC é a contraparte garantidora das duas partes. Só consegue alugar se tiver garantias suficientes, que sofrem ajustes diários.
Quem quiser se aprofundar mais sobre o tema, realizei uma palestra on-line pela corretora Rico e está gravada neste endereço:
http://www.rico.com.vc/Central/PalestraOnline/Interna.aspx?eventId=2561
Vale à pena conferir.
Aproveitem para conhecer também a corretora Rico, a corretora que quer crescer, mas quer crescer junto com você.
Até a próxima.