A demonstração no mínimo desprezável nos EUA ontem dos apoiadores de Trump não foram suficientes para que houvesse uma reação negativa das bolsas de valores ante ao evento.
Hoje pela manhã, o Congresso americano finalmente chancelou a vitória de Joe Biden e neste momento os futuros das bolsas americanas continuam em território positivo, até mesmo o Nasdaq, que teme que uma onda azul nos EUA signifique aumentos de impostos para o setor de tecnologia.
Então por que o mercado de ações se recuperou mesmo quando uma multidão violenta invadiu o Capitólio?
Mais uma vez, a explicação vem do pragmatismo e da frieza do mercado financeiro, onde o gravíssimo problema nada fez na realidade para mudar as expectativas em torno das políticas econômicas no curto prazo.
Com isso, o mercado observa a chegada de novas e pesadas rodadas de estímulos nos EUA, com a vitória democrata na Geórgia, muito próxima de levar os dois assentos do Senado.
A onda azul garantirá um poder sem precedentes ao novo presidente americano e a onda de estímulos deve continuar com força, ainda mais agora que Donald Trump, em vista aos eventos de ontem, reconheceu a derrota e Joe Biden será juramentado como novo presidente dos EUA no dia 20 de janeiro.
A questão vacinal continua a fazer diferença em toda a expectativa frente ao cenário e mesmo que os temores das variantes do vírus estejam à tona, o contexto não muda, pois mesmo o ADP Employment ontem registrando decréscimo de vagas, o mercado interpretou simplesmente como: mais estímulos.
Por fim, o saldo da ‘brincadeira’ de Trump foram 4 civis mortos, 14 policiais feridos, alguns em estado grave e os EUA, considerada a maior e mais solida democracia do mundo, demonstrando fragilidade.
Atenção hoje aos dados de balança comercial, pedidos de auxílio desemprego e o índice Challenger de corte de vagas nos EUA.
No Brasil, o IPC-Fipe registrou inflação em dezembro de 0,79% e será divulgada a carta da Anfavea, após a Fenabrave registrar crescimento consistente do setor automotivo.
ABERTURA DE MERCADOS
A abertura na Europa é positiva e os futuros NY abrem em alta, apesar de todos os problemas observados no Capitólio ontem nos EUA.
Em Ásia-Pacífico, mercados positivos, seguindo os fechamentos recordes das bolsas americanas.
O dólar opera em alta contra a maioria das divisas centrais, enquanto os Treasuries operam positivos em todos os vencimentos.
Entre as commodities metálicas, altas, exceto paládio.
O petróleo abriu em alta em Londres e Nova York, com perspectiva de oferta reduzida nos próximos meses.
O índice VIX de volatilidade abre em baixa de -7,34%.
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 5,3023 / 0,49 %
Euro / Dólar : US$ 1,23 / -0,454%
Dólar / Yen : ¥ 103,55 / 0,427%
Libra / Dólar : US$ 1,36 / -0,059%
Dólar Fut. (1 m) : 5260,85 / -0,14 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Julho 22: 3,76 % aa (4,44%)
DI - Janeiro 23: 4,42 % aa (2,79%)
DI - Janeiro 25: 5,93 % aa (2,77%)
DI - Janeiro 27: 6,70 % aa (3,08%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: -0,2313% / 119.100 pontos
Dow Jones: 1,4405% / 30.829 pontos
Nasdaq: -0,6098% / 12.741 pontos
Nikkei: 1,60% / 27.490 pontos
Hang Seng: -0,52% / 27.549 pontos
ASX 200: 1,59% / 6.712 pontos
ABERTURA
DAX: 0,679% / 13986,28 pontos
CAC 40: 0,559% / 5662,10 pontos
FTSE: -0,316% / 6820,24 pontos
Ibov. Fut.: -0,18% / 119180,00 pontos
S&P Fut.: 0,602% / 3740,60 pontos
Nasdaq Fut.: 0,462% / 12703,75 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: -0,17% / 80,14 ptos
Petróleo WTI: 0,38% / $51,02
Petróleo Brent: 0,22% / $54,48
Ouro: -0,05% / $1.916,19
Minério de Ferro: 1,16% / ¥ $166,76
Soja: -0,02% / $1.365,00
Milho: -1,16% / $490,25
Café: 0,17% / $121,10
Açúcar: -0,80% / $16,03