Mesmo superando em muito as expectativas dos analistas, as vendas ao varejo ontem não redefinem o rumo dos juros no Brasil, ainda sustentados por uma inflação declinante, como observada no IGP-10 de hoje, com queda de 0,62%, superando o piso das projeções.
Deste modo, é reforçada a perspectiva de cortes de juros de 0,75 pp e sustentamos a possibilidade de elevação deste corte, de modo a repetir o último movimento do COPOM.
Os avanços das reformas trabalhista e quem sabe da previdência e o posicionamento dos partidos favoráveis às votações e não necessariamente ao governo servem de alento para a sustentação do afrouxamento monetário.
Por fim, hoje o FOMC deve elevar os juros em 0,25 pp, não em vista aos mais recentes indicadores econômicos, os quais suportam a manutenção da taxa ainda por um período longo e sim por conta de uma pretensa normalização das taxas e redução da forte liquidez vigente.
CENÁRIO POLÍTICO
Mesmo com o PSDB no governo e em partes na base, o governo agora enfrenta não somente a dificuldade em se manter viável no curto prazo, porém como deve se posicionar para as eleições de 2018.
Entre todos os partidos, o fino teto de cristal deixa todos suscetíveis aos aventureiros nas eleições presidenciais, seja para o bem ou para o mal, principalmente por conta do total descrédito da classe política.
Ainda assim, existe a necessidade de entrega de ao menos alguma melhora em termos econômicos, pois senão a classe política como um todo tende a receber o ônus da piora do país, seja a situação ou a oposição.
Deste modo, a necessidade de eventos positivos é premente para todos os partidos, para não se digladiar em terra arrasada durante o pleito majoritário.
CENÁRIO DE MERCADO
A abertura na Europa é positiva, assim como nos futuros das bolsas em NY, no último dia da reunião do FOMC. O fechamento na Ásia foi na maioria negativo, após a leitura de dados econômicos chineses abaixo das expectativas.
O dólar opera em alta contra a maioria das divisas, após abertura negativa, enquanto os Treasuries operam com queda no rendimento em todos os vencimentos.
Entre as commodities a queda é generalizada, com altas pontuais no mercado internacional de soja e milho.
O petróleo opera em queda em NY e Londres, com a perspectiva de elevação dos estoques americanos da commodity.
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 3,3144 / -0,14 %
Euro / Dólar : US$ 1,12 / -0,045%
Dólar / Yen : ¥ 110,33 / 0,236%
Libra / Dólar : US$ 1,27 / -0,102%
Dólar Fut. (1 m) : 3321,81 / -0,29 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Janeiro 18: 9,20 % aa (-0,12%)
DI - Janeiro 19: 9,24 % aa (0,65%)
DI - Janeiro 21: 10,36 % aa (0,88%)
DI - Janeiro 25: 11,00 % aa (0,27%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: 0,21% / 61.829 pontos
Dow Jones: 0,44% / 21.328 pontos
Nasdaq: 0,73% / 6.220 pontos
Nikkei: -0,08% / 19.884 pontos
Hang Seng: 0,09% / 25.876 pontos
ASX 200: 1,06% / 5.834 pontos
ABERTURA
DAX: 1,090% / 12904,17 pontos
CAC 40: 0,730% / 5300,14 pontos
FTSE: 0,489% / 7537,13 pontos
Ibov. Fut.: -0,19% / 61839,00 pontos
S&P Fut.: 0,000% / 2440,00 pontos
Nasdaq Fut.: 0,235% / 5764,75 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: -0,09% / 81,51 ptos
Petróleo WTI: -1,21% / $45,90
Petróleo Brent:-0,99% / $48,24
Ouro: -0,09% / $1.265,40
Minério de Ferro: -1,39% / $54,01
Soja: -0,11% / $17,81
Milho: 0,66% / $383,25
Café: -0,16% / $126,30
Açúcar: -1,74% / $13,54