O IGP-M apresentou alta de 0,10% fechando o ano em -1,71% (Proj. Infinity: 0,06% mm; -1,71% aa).
O item alimentação continua a ser a principal contribuição negativa para o índice, com destaque para a queda de itens agrícolas no atacado, o que mantém a tendência para o item.
Os custos de construção superaram nossa projeção, o que explica parte da diferença do item.
Mesmo o atual resultado, acima da queda anterior de -0,72% não reverte a perspectiva de juros mais baixos no Brasil e parte do resultado responde claramente a itens sazonais, em outros casos, há a demonstração de uso da "gordura" do atacado para evitar maior impacto no varejo, como na elevação do custo de diesel em alguns períodos, seguidos de queda no custo da gasolina.
O pior resultado fiscal do governo central para julho demonstra o que os analistas têm reiterado constantemente, que sem o ajuste da previdência, todo o movimento da equipe econômica pode ser um exercício de futilidade.
É premente a necessidade de ajuste para evitar o elemento fiscal inflacionário, ou seja, da forte necessidade de financiamento do governo elevando a massa monetária através da emissão de títulos, algo infelizmente tradicional no Brasil.
Os resultados do setor público consolidado tendem a reforçar tal premissa, a qual inclui a aprovação da TLP, entre outros elementos.
CENÁRIO POLÍTICO
A viagem de Temer à China, com Maia assumindo interinamente a presidência e o deputado Fufuca a câmara já traz seu primeiro resultado concreto, baixo quórum e pouco interesse no avanço das pautas.
O foco dos deputados agora é a reforma política, em um desenho que seja de autopreservação, como na tentativa do distritão, que financie o sistema, seja por meio público ou retorno do privado e tudo de maneira que não seja tão escancarado ao público.
A reação contra o fundo de R$ 3,6 bi foi uma das razoes para os deputados voltarem atrás no processo, porém, o desenho também acabava por beneficiar partidos menores com poucos candidatos, o que fez os congressistas repensarem o processo.
Neste contexto, o restante da pauta importante fica de lado e a tentativa de garantir a reeleição fica em primeiro plano, ao menos até o retorno de Temer. O problema é o tempo exíguo para a aprovação da TLP nas duas casas.
CENÁRIO DE MERCADO
A abertura na Europa é positiva e os futuros em NY operam alta, com a redução da tensão geopolítica internacional, na falta de novos movimentos norte coreanos. Na Ásia, o fechamento foi positivo na sua maioria, seguindo Wall St.
O dólar opera em alta contra a maioria das divisas, após abertura negativa, enquanto os Treasuries operam com rendimento positivo até os 10 anos, sendo negativo daí em diante.
Entre as commodities metálicas, o ouro volta a cair com a alta global no dólar e o minério de ferro volta a cair nos portos chineses.
O petróleo abriu negativo em Londres e em NY, por conta do furacão que atingiu a região produtora da commodity no Texas, o que leva a forte alta da gasolina.
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 3,1646 / -0,07 %
Euro / Dólar : US$ 1,19 / -0,209%
Dólar / Yen : ¥ 109,86 / 0,137%
Libra / Dólar : US$ 1,29 / 0,054%
Dólar Fut. (1 m) : 3165,13 / 0,16 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Julho 18: 7,54 % aa (-0,12%)
DI - Julho 19: 8,21 % aa (-0,48%)
DI - Janeiro 21: 9,30 % aa (0,00%)
DI - Janeiro 25: 10,25 % aa (0,10%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: 0,44% / 71.330 pontos
Dow Jones: 0,26% / 21.865 pontos
Nasdaq: 0,30% / 6.302 pontos
Nikkei: 0,74% / 19.507 pontos
Hang Seng: 1,19% / 28.095 pontos
ASX 200: 0,01% / 5.670 pontos
ABERTURA
DAX: 0,508% / 12006,55 pontos
CAC 40: 0,489% / 5056,54 pontos
FTSE: 0,316% / 7360,60 pontos
Ibov. Fut.: -0,19% / 72084,00 pontos
S&P Fut.: 0,057% / 2448,50 pontos
Nasdaq Fut.: 0,145% / 5878,25 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: -0,16% / 83,47 ptos
Petróleo WTI: -0,62% / $46,15
Petróleo Brent:-0,52% / $51,73
Ouro: 0,17% / $1.311,46
Minério de ferro: 0,03% / $75,05
Soja: -0,50% / $17,80
Milho: -0,07% / $333,50
Café: 0,43% / $127,85
Açúcar: -1,09% / $13,77