O Ibovespa deixou claro ontem (27) que precisa de combustível extra para acelerar nesta reta final de mês, ampliando o rali de novembro. A ver, então, se o IPCA-15 (9h) terá forças para dar um impulso adicional à bolsa brasileira nesta terça-feira (28).
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Apesar da previsão de aceleração no resultado mensal, pressionado pelos alimentos em casa, a prévia da inflação deve manter a trajetória benigna, com núcleos e serviços bem comportados. Com isso, a taxa acumulada em 12 meses deve cair abaixo de 5%.
Se confirmados, os números tendem a retirar prêmio da curva de juros, deixando a renda fixa menos atrativa, ao mesmo tempo em que valoriza o real. Aliás, o dólar segue orbitando ao redor de R$ 4,90, caindo quase 3% neste mês e mais de 7% desde o início do ano.
Mas essa expectativa para os ativos locais depende da aposta de menos juros nos Estados Unidos seguir de pé. Os investidores estão convencidos de que o primeiro corte virá em maio, já na dose de 1 ponto. As falas de dirigentes do Federal Reserve ao longo do dia calibram essa medida, enquanto a agenda traz apenas a confiança do consumidor (12h).
Ou seja, o que os mercados querem saber é sobre o rumo da taxa nos EUA. Caso esse cenário de queda daqui a seis meses ganhe projeção pelo Fed, a busca por ativos de risco, especialmente emergentes, tende a ganhar cor, deixando tudo azul também em dezembro.
Do contrário, entra em cena a narrativa de que a recuperação das ações globais nas últimas quatro semanas foi exagerada e cabe algum ajuste. Por ora, o tom dos negócios lá fora está um pouco desbotado.
Os futuros dos índices acionários em Nova York oscilam na linha d’água, após uma sessão no vermelho na Ásia, onde pesou o lucro industrial na China mais fraco que o esperado (-7,8%). Na Europa, o sinal negativo antecede a fala de Christine Lagarde (13h), do BCE.