Março começa pra valer a partir desta segunda-feira (4), mas a contagem regressiva dos mercados para a próxima reunião do Federal Reserve e do Comitê de Política Monetária (Copom) já começou. O novo mês reserva a segunda “Super Quarta” do ano, daqui a duas semanas.
Até lá, os investidores recebem mais indicadores econômicos para calibrar as expectativas em relação ao rumo das taxas de juros. O destaque desta semana são os dados de emprego nos Estados Unidos. Isso porque parece ser necessária uma fraqueza adicional no mercado de trabalho americano para a inflação se mover em direção à meta de 2% do Fed.
Antes do payroll, na sexta-feira (8), tem os relatórios Jolts e ADP sobre a oferta e a criação de vagas no setor privado. Vale lembrar que os dados de janeiro sobre a folha de pagamentos mostraram a abertura de 353 mil vagas e um aumento de 0,6% no ganho médio por hora, apesar da maior taxa de juros nos EUA em mais de duas décadas.
Por isso, todos os olhos (e ouvidos) também estarão voltados para o depoimento semianual do presidente do Fed, Jerome Powell, no Congresso dos EUA duas vezes nesta semana, a partir de quarta-feira. A expectativa é de que ele fale sobre o estado da economia e dê pistas sobre quando a autoridade monetária pode sair da inércia.
Aliás, essa demora do Fed em lançar estímulos, afastando os juros do território restritivo, impõe um viés negativo nos futuros dos índices das bolsas de Nova York nesta manhã. Wall Street mostra os primeiros sinais de cansaço, após uma recuperação das ações que já dura quatro meses, levando o Dow Jones e o S&P 500 ao melhor início de ano desde 2019.
Semana cheia nos mercados
Por aqui, o desempenho da indústria na quarta-feira (6) soma-se aos dados sobre a atividade na China, nos EUA e na zona do euro, que saem no início da semana. Os números de janeiro da produção local lançam luz sobre a perda de tração da atividade, depois de a economia brasileira ter andado de lado nos últimos seis meses de 2023.
A composição dos números do Produto Interno Bruto (PIB) pode abrir espaço para uma queda mais profunda da taxa Selic, a depender da dobradinha entre Fazenda e BC. O entrave para o Ibovespa, porém, continua sendo a demora do Fed em iniciar o ciclo de cortes, o que segura o dólar perto de R$ 5,00 e mantém a atratividade da renda fixa.
Ainda na agenda econômica da semana, merecem atenção a decisão de juros do Banco Central Europeu (BCE), na quinta-feira, que será seguida de uma entrevista da presidente Christine Lagarde. No mesmo dia, saem os dados da balança comercial chinesa em fevereiro, que devem ser impactados pela pausa durante o Ano Novo Lunar.
Aliás, o governo chinês inicia hoje sua reunião de política anual, conhecida como as Duas Sessões. No Brasil, o noticiário corporativo predomina. O destaque fica com o balanço da Petrobras (BVMF:PETR4), na quinta-feira (7). Antes, saem os resultados das “petroleiras júnior” 3R (BVMF:RRRP3) e PetroReconcavo (BVMF:RECV3), além da mineradora CSN (BVMF:CSNA3) e da distribuidora Vibra Energia (BVMF:VBBR3), entre outras.
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