“Em economia nem tudo parece o que é e nem tudo que é o parece.”
Num mundo globalizado quase tudo é uma incerteza, o risco e a incerteza estão sempre presentes, mesmo quando não era globalizado.
As crises sempre aconteceram, desde a grande depressão de 1929 até aos dias de hoje, e vão continuar a acontecer, faz parte dos ciclos, dos erros e dos abusos económicos.
No caso do Brasil, ainda recentemente, na época das “vacas gordas”, era chamado de o milagre brasileiro, parecia que era, mas essa época só escondia o desacerto de condução económica. Então não era o que parecia.
Hoje o Brasil encontrasse numa situação de recessão aguda sem previsão consistente de quando se dará a reversão.
Temos de ter o cuidado de não fazer afirmações categóricas, pois o que se diz hoje pode não ser realidade amanhã.
Parece com um grau de quase 100% de probabilidade de que a presidente Dilma será afastada do cargo, assumindo o vice Temer, com a possibilidade de pelo menos virar a condução econômica, com uma equipa que seja de peso, crível e competente.
Espero que seja que seja realmente uma viragem, do que pode parecer que não o é, mas que o seja.
O que sei é que o status-quo em que nos encontramos não é possível que seja mantido, também não será no curto prazo que sentiremos a mudança e que a mudança deverá exigir sacrifícios.
Todas as previsões, projeções e convicções tem sempre associado um grau elevado de potencial de erro, por mais bem-intencionadas que sejam (quando o são). Elas refletem o pensamento e a experiência de cada um.
Se a economia fosse uma ciência exata e não existisse o fator humano na equação, talvez não existissem crises, provavelmente teríamos uma sociedade mais justa, só haveria desemprego residual ou natural, enfim teríamos a sociedade quase perfeita.
Mas não é essa a realidade, para mim a sociedade quase perfeita é uma utopia, inatingível, o fator humano está sempre presente na equação.
Então face a grande incerteza em que vivemos atualmente, só podemos avaliar as consequências e os resultados dos atos após os mesmos, corrigindo passo a passo o que pode ter sido mal avaliado ou mal conduzido.
Não quero neste artigo curto, falar das contas públicas, tema por demais já debatido, em que existe quase uma unanimidade sobre este assunto.
Como dizia Benjamin Franklin, “nada é mais certo neste mundo do que a morte e os impostos”, no restante nada pode ser tido como certo.
Relativamente ao futuro do Brasil, vou cautelosamente e prudentemente aguardando o evoluir da situação política e econômica e qual será a sua tendência, esperando que no curto prazo não fique pior e a médio e longo prazo melhore.
Vamos ver!!!