Bom dia, leitores queridos das análises do mercado de câmbio! Hoje acompanharemos atentamente a Ata da última decisão de política monetária do BC por aqui. Conforme vimos na decisão, o colegiado estava dividido entre aumentar nossos juros em 0,25 pp ou 0,5 pp. Nesta votação, a composição do Banco Central já contava com membros eleitos pelo novo governo (Gabriel Galípolo e Ailton Aquino), que votaram pela redução de 0,5pp. Além deles, o presidente do Bacen, Roberto Campos Neto, também votou por um corte desta magnitude.
Dados de inflação mostraram que houve espaço para este corte, embora nosso mercado de câmbio precificasse o corte de 0,25%. Esse corte nos juros acima do precificado trouxe reflexo na taxa de câmbio, fazendo com que o dólar fique mais alto (movimento visto nos últimos dias). Isso se dá pelo diferencial de juros entre Brasil e EUA estar diminuindo.
Considero bastante importante monitorar a Ata, para ver se temos alguma dica dos próximos passos do Copom. Lógico que tudo dependerá de novos dados, mas por enquanto a leitura para nós do câmbio, é obrigatória.
Ontem o mercado de câmbio estressou novamente. O dólar à vista fechou o dia cotado a R$ 4,8961 para venda. Foi um dia de recuo das commodities no mercado internacional e os dados do setor industrial alemão apontaram que a maior economia do continente europeu está em uma contração mais forte do que o projetado pelos economistas de mercado. A queda de 1,5% na produção alemã em junho, em comparação com o mês anterior, foi uma surpresa negativa. Era previsto uma queda de 0,5%.
Agora aguardamos o relatório de inflação (dados de preço ao consumidor) dos Estados Unidos na quinta-feira, que pode testar a forte recuperação do mercado neste ano. Esses dados podem oferecer pistas sobre a trajetória da política monetária do Federal Reserve. Mas ainda temos bastante tempo e dados para assimilar até lá. Se o Fed pausar o ciclo de aperto, ou subir mais os juros e nós cortarmos novamente, daí é mais força para o dólar.
Amanhã serão divulgados os números de inflação de julho da China. Vamos acompanhar isso também, pois somos exportadores de commodities para esse gigante consumidor.
E no calendário econômico para hoje teremos por aqui somente a Ata do Copom (8 horas da manhã). Nos EUA, a balança comercial de junho.
Bons negócios e muito lucro, galera!