Diante dos fatos envolvendo o JBS (SA:JBSS3), que vieram à tona nesta última quinzena, e o período de final de safra (aumento da oferta de animais terminados), o mercado do boi segue pressionado e com muita especulação.
De forma geral, na última segunda-feira (29/5), as empresas aguardavam fora do mercado para traçarem suas estratégias de compras.
Com escalas alongadas e estoques elevados, não há estímulo para intensificarem as compras e dar firmeza no preço da arroba.
Em São Paulo, as cotações fecharam em queda. A arroba ficou cotada em R$133,00, à vista, livre de Funrural. Está já é a sexta queda registrada na praça desde o início da segunda quinzena do mês, e o recuo já soma 3,6%.
O mercado atacadista de carne bovina, mesmo diante de todo este cenário, não sofreu alteração. Isto tem garantido margens historicamente elevadas para as indústrias. Atualmente a margem para os frigoríficos que vendem a carne com osso está em 23,7%.
Turbulência dita o ritmo no mercado do boi gordo na segunda quinzena de maio
Após as delações da diretoria do JBS, parte dos frigoríficos optou por sair das compras e aguardar o esclarecimento dos fatos para se posicionar no mercado. As escalas de abate alongadas e a menor demanda pelos animais terminados pressionaram o mercado na segunda quinzena de maio.
Por Breno de Lima e Gustavo Aguiar (Scot Consultoria)