A proximidade da virada de mês pode fazer com que os frigoríficos saiam às compras com mais afinco nos próximos dias, a fim de compor as escalas para atender a demanda de início de mês.
Porém, mesmo com a expectativa de maior escoamento da carne, principalmente na próxima semana, com o recebimento dos salários, a demanda atual segue baixa, permitindo que as empresas negociem com cautela.
Apesar do consumo fraco na segunda quinzena de janeiro, a capacidade de suporte das pastagens está boa e permite que os pecuaristas mantenham a boiada nos pastos, limitando as desvalorizações.
Na média de todas as praças pecuárias pesquisadas, ao longo de janeiro a cotação do boi gordo teve queda de 0,8%, considerando o preço à vista, livre de Funrural.
No mercado atacadista de carne bovina com osso, o boi casado de animais castrados ficou cotado, em média, em R$9,61/kg (28/1), desvalorização de 6,6% frente ao início do ano.
Mercado atacadista de carne bovina sem osso tem queda nos preços
Janeiro foi ruim para o mercado de carnes, mas a expectativa de retomada do crescimento econômico do país pode resultar em vendas mais aquecidas ao longo do ano.
Por Felippe Reis e Juliana Pila (Scot Consultoria)