Desde a semana passada os frigoríficos paulistas estavam na retranca em função da suspensão das exportações para a China.
Mas conforme os dias foram passando o volume da produção foi diminuindo e a necessidade de comprar foi “dando as caras”.
Apesar disso os pecuaristas estão duros nas negociações e esta associação entre oferta restrita e demanda por boiadas melhorando resultou em valorização para o boi gordo na última quarta-feira (12/6).
Na praça pecuária de São Paulo, os preços subiram R$2,00/@ na comparação dia a dia e a referência para o boi gordo ficou em R$149,50/@, à vista, livre de Funrural.
Mas ressalta-se que frigoríficos, mais conservadores, reduziram o abate e continuam pressionando o mercado para baixo.
No mercado de fêmeas, o preço também subiu, mas a procura por novilhas está fraca, e aos poucos as cotações da novilha e da vaca estão se aproximando.
Sem a demanda chinesa, frigoríficos começaram a negociar esta categoria no mesmo preço da vaca.
Por fim, para os próximos dias, o que vai ditar o ritmo do mercado será a oferta de gado confinado. O custo de retenção dos bovinos no cocho é elevado, o que é um limitante para os produtores segurarem o gado na fazenda.
Exportação de gado vivo recua em maio
Segundo a Secretaria de Comércio Exterior, foram exportadas 50,3 mil cabeças de bovinos vivos em maio deste ano, queda de 18,6% em relação a abril último.
Por Marina Zaia e Letícia Vecchi (Scot Consultoria)