Por Rodrigo de Mundo
As praças paulistas iniciaram o dia com um ajuste positivo de R$5,00/@ do boi gordo e do “boi China”. A oferta contida tem dificultado o alongamento das escalas de abate, que permaneceram, em média, de cinco dias.
O escoamento de carne está em ritmo normal e com a chegada do quinto dia útil, espera-se uma manutenção ou possível melhoria nesse cenário, o que pode fortalecer ainda mais o mercado do boi gordo.
Acre
As ofertas estão cada vez mais restritas, com os pastos ainda sem recuperação. As chuvas seguem instáveis e a temporada de fato ainda não chegou, o que tem impulsionado a cotação dos bovinos. Como resultado, a cotação do boi e a da novilha subiu R$2,00/@.
Goiás
Devido à oferta insuficiente para atender à demanda, observou-se uma alta nas cotações. Além disso, há relatos de compradores das praças paulistas buscando boiadas no estado, onde os preços são mais competitivos.
Na região de Goiânia, a cotação do “boi China” subiu R$3,00/@ e R$2,00/@ para a vaca.
Na região Sul, a cotação se manteve firme.
Espírito Santo
Com a oferta de fêmeas diminuindo, o mercado abriu hoje com um aumento de R$3,00/@ para a vaca gorda.
O que a ZCAS reserva para o Brasil
A Zona de Convergência do Atlântico Sul (ZCAS) permanecerá ativa até o início de novembro, proporcionando chuvas regulares na região Centro-Sul do Brasil, especialmente em Minas Gerais, Goiás, Distrito Federal, Mato Grosso, Tocantins e Pará. As precipitações concentradas no Brasil Central garantem a umidade do solo, crucial para o bom desenvolvimento das plantações de milho.
Nordeste
A região enfrenta um período de seca, com chuvas pouco volumosas, o que pode impactar negativamente nas plantações. As temperaturas no Nordeste devem ficar acima da média histórica para a região, principalmente no interior do Ceará, oeste do Rio Grande do Norte e oeste da Bahia. Grande parte do território segue com um cenário de tempo seco, com escassez de chuvas.
No Maranhão, Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte e Paraíba, a precipitação é praticamente nula. Apenas o litoral e a zona da mata de Pernambuco, Alagoas e Sergipe, além do extremo sul da Bahia, devem receber algum volume de chuva.
No Matopiba (Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia), a irregularidade das chuvas persiste, mas a previsão indica intensificação das precipitações a partir da segunda quinzena de novembro.
Sul
No início de novembro, as temperaturas estarão elevadas no Sul, atingindo máximas de 30°C, com escassez de chuva. A partir do dia cinco de novembro, são esperadas chuvas mais significativas, que podem beneficiar a agricultura, principalmente o plantio de milho e de soja.
Centro-Oeste
Goiás e Mato Grosso devem receber chuva acima do esperado, com volumes que podem ultrapassar os 100mm em algumas áreas. Mato Grosso e Goiás destacam-se como os estados com os maiores acumulados previstos, alternando períodos de sol e pancadas de chuvas significativas.
Norte
A previsão indica melhora na chuva para o Norte do Brasil, com aumento da precipitação no Amazonas, Pará e Rondônia. Apesar disso, a chuva está mal distribuída, com alguns pontos registrando altos volumes e outros apresentando baixos índices ou até ausência de chuva. O sul do Pará terá os maiores acumulados, enquanto o Amapá e o norte do Pará serão afetados por um ar mais seco.
Sudeste
Nos próximos 10 dias, a região deve receber chuvas mais volumosas e abrangentes, com destaque para os acumulados no Espírito Santo, Triângulo Mineiro e oeste de Minas Gerais. São esperadas tempestades e chuvas intensas, principalmente no norte de São Paulo, uma região que necessita de mais precipitação.
As recentes chuvas beneficiaram a recuperação das pastagens em diversos locais, mas ainda existem regiões que necessitam de mais precipitação. A retomada das chuvas deve impulsionar a produção de leite. A possibilidade de precipitações intensas em algumas áreas pode dificultar os trabalhos de plantio. Recomenda-se que os produtores aproveitem as janelas de tempo firme para realizar as atividades no campo.
Figura 1.
Mapa de previsão de água precipitada.
Fonte: INMET
Figura 2.
Mapa de previsão de precipitação acumulada (mm) para o Brasil.
Fonte: INMET