Mesmo com o início do mês, época em que sazonalmente há uma melhora no consumo, a demanda por carne bovina não tem acompanhado o ritmo da oferta e, mesmo com a disponibilidade de animais terminados não sendo abundante, esta tem sido suficiente para atender o mercado e até mesmo permitir às indústrias ofertar preços menores.
Este cenário, de oferta maior que a demanda, faz com que as empresas tenham cautela na hora de alongar as escalas de abate.
Entretanto, apesar da dificuldade das indústrias em girar o estoque, as pastagens estão em boas condições e possibilitam aos pecuaristas reterem os animais no pasto, aguardando preços melhores.
Com isso, o mercado do boi gordo esteve travado e com poucas alterações na última segunda-feira (9/4).
Das trinta e duas praças pesquisadas pela Scot Consultoria, houve desvalorização em duas, considerando o preço a prazo, nas demais as cotações ficaram estáveis.
No mercado atacadista de carne bovina com osso, o boi casado de animais castrados ficou cotado, em média, em R$9,47/kg, estabilidade frente ao fechamento da última semana.
Lentidão no mercado de reposição
No balanço semanal, considerando a média de todas as categorias de machos e fêmeas anelorados pesquisadas pela Scot Consultoria, as cotações fecharam praticamente estáveis, registrando recuo de 0,1%. As expectativas de melhora da arroba do boi gordo não se confirmaram neste início de mês e, com isso, não houve estímulo para os recriadores se lançarem às compras com maior afinco.
Por Felippe Reis e Isabella Camargo (Scot Consultoria)