Por Felippe Reis e Juliana Pila
Após semanas de volatilidade, no fechamento da última segunda-feira (2/12), o mercado do boi gordo sossegou. Esse cenário era esperado, tendo em vista, entre outras razões, a dificuldade do escoamento de carne no mercado interno.
Em São Paulo, em novembro, a cotação média da arroba do boi gordo ficou em R$198,11, considerando o preço a prazo, livre de impostos. Esta é a maior cotação média real (descontando a inflação) deste século.
Nas praças pecuárias de São Paulo, a arroba ficou cotada em R$220,00, à vista, bruto, em R$219,50, descontando o Senar, e R$216,50, livre de impostos (Senar e Funrural).
O lento escoamento no mercado interno permitiu às indústrias alongarem as programações de abate. Em São Paulo, em média, estão em seis dias.
Com as escalas um pouco melhores, os compradores estão menos agressivos e, em muitos casos, oferecendo preços menores pelas boiadas.
Apesar do volume de negócios mais conservados, a oferta de boiadas continua limitada, o que deixa pouco espaço para regressões de preços expressivas.
Além disso, vale lembrar que estamos no início do mês, quando a demanda por carne vermelha melhora.
Mercado de reposição aquecido
Devido às fortes altas do boi gordo, as categorias mais eradas para giro rápido puxam as cotações no mercado de reposição.