A estabilidade na maioria das praças pecuárias reflete a calmaria nos negócios no mercado do boi gordo. Não há interesse, por parte dos compradores de intensificar a compra de matéria-prima. Apesar disso, são raros os casos de indústrias fora das compras.
O que mais se vê é cautela para fechar negócios e poucas ofertas de compra acima da referência. Apesar disso, mesmo com a estabilidade na referência, em Dourados-MS e no Oeste da Bahia há negócios sendo fechados por R$1,00/@ ou R$2,00/@ a mais.
Em São Paulo, cinco dias é o tamanho médio das escalas dos frigoríficos e, embora haja ociosidade, praticamente não há pulos de dias de abate.
A margem das indústrias, tanto na operação de desossa quanto da venda de carne com osso, seguem, desde o começo do ano, acima da média histórica. Ou seja, aparentemente há fôlego para pagamentos maiores para a arroba, caso haja necessidade de aumentar a pressão de compra. E isso, só acontecerá se a demanda melhorar.
Os preços da carne bovina, apesar de estáveis, estão pressionados pelo consumo ruim, cenário que tende a piorar à medida que avança o segundo semestre.
Exportação brasileira de carne bovina in natura chega a 39,0 mil toneladas
Segundo dados do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços até a segunda semana de março o Brasil exportou 39,0 mil toneladas de carne bovina in natura. O faturamento total foi de US$160,3 milhões.
Por Alex Santos Lopes da Silva e Isabella Camargo (Scot Consultoria)