No encerramento do dia de ontem dólar estava cotado a R$3,1950, valorização de 0,84%, brincando com a linha dos R$3,20, acumulando alta nesta semana acima de 2,5% em cima do Real, colocando a moeda brasileira com um dos piores desempenhos perante a moeda americana.
Já faziam 7 semanas desde que o dólar não atingia este patamar, no entanto, no final deste período o movimento gráfico formou um suporte a pressão de venda que existia, e passou a subir, voltando a R$3,10 e caminhando rapidamente para proximidade de R$3,20.
Os fundamentos do ocorrido estão totalmente ligados a maior probabilidade de alta dos juros americanos.
Todos sabemos o quanto os países emergentes dependem de captação de recursos externos, logo, o aumento dos juros americanos trazem ao investidor estrangeiro um custo de oportunidade de alocação de capital mais caro, fazendo com que haja menos abundância de recursos a serem investidos nos países, logo, as moedas emergentes passam a se desvalorizar, com o desmonte do posicionamento nelas, para se posicionar novamente em dólar.
Além disso, investidores estão de olho na possível elevação de tarifa de importações nos EUA, que poderá fazer também com que a moeda brasileira se desvalorize.
Para hoje, mercado com foco interno na divulgação de indicadores de inflação, dentre eles, IPCA e INPC as 9:00, que poderão dar dicas sobre os próximos passos do nosso juros, enquanto as 10:30 teremos a divulgação da Taxa de Desemprego e Vagas de Trabalho (EUA), como dado final para estudo da probabilidade do aumento dos juros americanos, que já é dado, na verdade, como certo.