Menor movimentação no mercado de reposição.
Com a proximidade do final de ano, muitos pecuaristas já fecharam as contas de 2018 e aguardam o início do próximo ano para retomar às compras.
O menor volume de negócios registrados na última semana foi, na maioria, envolvendo as categorias de machos, para a engorda nas pastagens, que estão com maior qualidade nesse período do ano.
No balanço semanal, na média de todas as categorias de machos e fêmeas anelorados e estados pesquisados pela Scot Consultoria, as cotações fecharam com alta de 0,3%.
Chama atenção o longo período de altas semanais consecutivas registrados no mercado. Com a alta no balanço da última semana, as cotações somam 25 semanas consecutivas sem registrar quedas.
Essa sequência de altas é a maior desde o início de 2016, quando teve início o ciclo de baixa dos preços após os maiores patamares registrados para o bezerro entre 2014 e 2016.
Entrar em 2019 com as cotações em alta e com uma possível redução da oferta de bezerros, em função do maior volume de fêmeas abatidas a partir de 2017, pode trazer maior firmeza para o mercado de reposição.
Relação de troca (milho x boi gordo) e expectativas
Os preços do milho subiram em dezembro, em função da menor oferta do lado vendedor, boa movimentação para exportação e falta de chuvas no Centro Sul. Com isso, o poder de compra do pecuarista frente ao cereal piorou 6,4% em dezembro, na comparação com o mês anterior.
Por Breno de Lima e Pâmela Andrade (Scot Consultoria)