Apesar de poucos negócios efetivados, o aumento das especulações nos primeiros dias do ano já vai desenhando como será o mercado em janeiro: procura aquecida e vendedores segurando a produção.
Diante deste cenário, desde o começo do mês, na média de todos os estados e categorias pesquisadas, os preços dos animais de reposição subiram 0,4%.
Destaque para estados como Rondônia, onde a recuperação antecipada das pastagens, em função do acúmulo de chuvas, tem estimulado a reposição do plantel da fazenda.
Por lá, o aumento da demanda valorizou o preço dos animais de reposição. Para uma comparação, a cotação atual do bezerro desmamado rondoniense esta 3,7% superior à observada em meados de novembro.
Já na Bahia, a oferta restrita tem ditado o preço dos animais de reposição até o momento, mas como nos últimos dias tem chovido pouco na região, compradores não estão cedendo a preços maiores, por isso as negociações no estado estão andando com o freio de mão puxado.
Em outros importantes estados pecuários, como Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás e São Paulo, a movimentação do mercado de reposição está menor.
Para os próximos dias, o volume de precipitação e as cotações do boi gordo ditarão o poder de retenção e o poder de compra dos agentes do mercado. Para quem for negociar, atenção a essas variáveis.
Situação do mercado de milho e das lavouras no Paraná
A expectativa é de mercado firme em curto e médio prazos, em função das revisões para baixo na produção de verão, posição mais resistente do vendedor com relação aos preços e foco na colheita e comercialização da soja. Para o pecuarista, as oportunidades de compra deverão ocorrer a partir de junho, com a colheita da segunda safra no país.
Por Marina Zaia e Rafael Ribeiro (Scot Consultoria)