Por Thayná Drugowick
Diante da pressão de baixa observada no mercado do boi gordo, devido à demanda fraca por carne bovina no mercado interno, em função das medidas de contenção do coronavírus, abril foi marcado por poucas movimentações no mercado de reposição.
Com a proximidade do período seco do ano, a retenção dos animais no pasto fica comprometida, o que tende a fazer com que os vendedores se lancem aos negócios com menor resistência, fato que deixa as cotações mais frouxas.
No balanço mensal, na média de todas as categorias de machos e fêmeas anelorados e estados pesquisados pela Scot Consultoria, as cotações dos animais de reposição caíram 1,0%.
No curto prazo, os recriadores e invernistas devem aumentar a procura por reposição para fazer a troca, em função do maior volume de venda de boi gordo, com a desova de final de safra.
No entanto, o pecuarista que está fazendo a troca atualmente se depara com um cenário de queda no poder de compra.
De olho nas pastagens
Na praça paulista, para as boiadas destinadas ao mercado chinês, as ofertas de compra estão em torno de R$195,00 a R$200,00 por arroba, para bovinos com até 30 meses de idade, considerando o preço bruto e à vista.
A oferta de boiadas melhorou, com isso, as escalas de abate se estenderam, em média, para seis dias.
Em Paragominas-PA, a oferta de boiadas está limitada e, com isso, na região, o mercado está com os preços firmes.
Em algumas praças pecuárias a ausência de chuvas começa a repercutir na qualidade das pastagens. Nessas regiões a expectativa é de que a oferta de gado aumente gradativamente, fato que pode influir nas cotações.