Os mercados globais vem convivendo com um rotina cansativa e sem grandes volatilidades representativas nos ativos globais.
Salvo os recentes episódios do furacão nos EUA e a tensão militar na Coreia do Norte, nada tem tido efeito de forma contundente com força para impor um ritmo novo as negociações.
No caso do café a tônica é a mesma…
O mercado vive uma grande expectativa no que se refere ao clima e seus desdobramentos sobre as floradas e por conseguinte, a futura safra produtiva do Brasil.
Os grandes operadores ajustam suas posições em aberto no mercado a espera deste possível futuro produtivo ” promissor ” e assim, impedem que grandes oscilações nos preços internos e externos se façam presente.
Outro ponto que contribui com esta letargia mercadológica é a recente queda no dólar no Brasil.
O fator cambial é ponto importantíssimo para formulação dos preços dos produtos de exportação e infelizmente, com este novo viés de baixa presenciado, os níveis internos que já estavam debilitados, acabam de tomar de vez, um banho de água fria.
Por fim, falando de clima, este continua a tirar o sono das regiões produtoras de café arábica.
Em boa parte do cinturão produtivo do sudeste do Brasil não chove há mais de 100 dias deixando as lavouras e as possíveis floradas reféns de notícias boas.
A recomendação que faço é não apostar em números vultosos para 2018 enquanto não houver chuvas generalizadas e representativas no coração do café do Brasil.
Resumindo, o cenário à frente é no mínimo, desafiador!