A confiança dos mercados em relação ao rumo das taxas de juros no Brasil e nos Estados Unidos está abalada. Os indicadores econômicos de inflação e atividade divulgados nesta semana trazem dúvidas quanto à sinalização do Federal Reserve e do Comitê de Política Monetária (Copom) na semana que vem.
A dúvida é se o gráfico de pontos do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc) do Fed irá manter a previsão de três quedas nos juros dos EUA ao longo deste ano, a doses mínimas de 0,25 ponto porcentual (pp) cada. Já o Copom pode alterar a linguagem do comunicado e esvaziar as chances de a taxa Selic cair a um dígito após os cortes contratados até maio.
Fato é que os investidores começaram 2024 empolgados quanto aos estímulos por parte dos bancos centrais, mas, aos poucos, foram tendo um choque de realidade. As apostas de cortes sucessivos do Fed a partir deste mês e de juro básico brasileiro em 9% ou menos eram exageradas. À medida que o primeiro trimestre chega ao fim, cabem ajustes.
Sem o esperado apetite por risco, o Ibovespa acumula quedas de 1% no mês e de quase 5% no ano. Já o dólar continua rondando os R$ 5,00, com alta de quase 3% desde o início de 2024.
Vaivém no dia
Antes da Super Quarta, a sexta-feira (15) ainda reserva novos dados sobre a economia real. Por aqui, o destaque fica com o desempenho do setor de serviços no início do ano, enquanto lá fora sai a produção da indústria. Além disso, hoje é dia de vencimento triplo em Nova York (triple witching), o que deve aguçar a volatilidade nas bolsas.
A expectativa é de que os vencimentos de opções, de índices de ações e de fundos negociados em bolsa movimentem US$ 5 trilhões, superando os negócios à vista pela primeira vez desde 2021. Naquela época, as ações negociadas em Wall Street atingiram seus picos anteriores antes do mercado de baixa de 2022.
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