Em dia de divulgação do IPCA-15, a promulgação por Bolsonaro da PLP 18 que limita o ICMS entre 17% e 18% é um passo importante na redução das projeções de inflação em 2022. menor inércia para os índices em 2023 e traz à tona uma importante discussão para o Brasil, a reforma tributária.
Nossas projeções se reduzem de 8,5% para 7,8% no IPCA em vista à redução do impacto de preços, já considerando uma possível alavancagem no curto prazo por parte dos postos de gasolina (normal, infelizmente), mas levando a um impacto mais duradouro, a partir da implantação pelo Ministério da Economia.
Eis o ponto em questão, pois é notório que no Brasil, a intenção de uma reforma tributária vai muito mais na linha de se reduzir a burocracia e reduzir as distorções e cobranças em cascata de impostos do que exatamente reduzi-lo e sim, isto já seria uma vitória inominável à economia brasileira.
As atuais propostas são a PEC 45/2019 de Bernanrd Appy, a qual consideramos uma das melhores, com a crítica somente ao processo lento de conversão entre o modelo atual e o novo, a semelhante PEC 110/2019, mais abrangente na substituição dos impostos e a menos ambiciosa PL 3887/2020 do governo federal.
As propostas “remendo”, como a PLP 18 e a Reforma do IR são a prova cabal da necessidade de uma discussão mais madura e menos poluída politicamente de um tema que pode afetar o país positivamente em termos fiscais e burocráticos, que infelizmente pode continuar pendurada no congresso, a depender das eleições.
No mercado global, as falas recentes de membros do Fed, aliados aos temores de recessão já desenham nas curvas de juros um processo bastante limitado de aperto monetário nos EUA, elevando o apetite pelo prêmio de maior risco.
O atual mandato do Fed, nada afável ao controle inflacionário através do expediente de juros elevados reitera sinais de que deve combater a alta dos preços, sem recessão, algo que a regra de Taylor demonstra ser difícil, em meio à escalada de preços atuais, demandando altas de juros próximas à 7%.
Ainda assim, o Fed pode concluir o aperto já neste ano e sinalizar a volta do afrouxamento em algum momento no primeiro semestre de 2023, ou seja, os juros americanos não devem passar nada daquilo que se preconiza na curva agora, 3% aa.
Na Europa, vendas ao varejo no Reino Unido negativas, porém levemente acima das projeções, enquanto o índice IFO na Alemanha bastante disperso.
ABERTURA DE MERCADOS
A abertura na Europa é positiva e os futuros NY abrem em alta, na expectativa por quebrar 3 semanas de perdas constantes nas bolsas de valores globais.
Em Ásia-Pacífico, mercados positivos, com ações de empresas de logística em forte alta e a inflação ao varejo no Japão dentro das expectativas.
O dólar opera em queda contra a maioria das divisas centrais, enquanto os Treasuries operam positivos em todos os vencimentos.
Entre as commodities metálicas, quedas, exceto platina e paládio.
O petróleo abre em alta em Londres e Nova York, com incertezas sobre a oferta.
O índice VIX de volatilidade abre em baixa de -1,41%.
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 5,2398 / 0,87 %
Euro / Dólar : US$ 1,05 / 0,219%
Dólar / Yen : ¥ 135,11 / 0,133%
Libra / Dólar : US$ 1,23 / 0,294%
Dólar Fut. (1 m) : 5241,55 / 1,27 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Junho 23: 13,54 % aa (-0,69%)
DI - Janeiro 24: 12,99 % aa (-0,76%)
DI - Janeiro 26: 12,13 % aa (-0,61%)
DI - Janeiro 27: 12,18 % aa (-0,45%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: -1,4489% / 98.080 pontos
Dow Jones: 0,6372% / 30.677 pontos
Nasdaq: 1,6205% / 11.232 pontos
Nikkei: 1,23% / 26.492 pontos
Hang Seng: 2,09% / 21.719 pontos
ASX 200: 0,77% / 6.579 pontos
ABERTURA
DAX: 0,670% / 12999,15 pontos
CAC 40: 1,751% / 5986,37 pontos
FTSE: 1,370% / 7116,61 pontos
Ibov. Fut.: -1,40% / 99744,00 pontos
S&P Fut.: 0,78% / 3829,25 pontos
Nasdaq Fut.: 0,967% / 11848,00 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: 0,06% / 120,98 ptos
Petróleo WTI: 1,69% / $106,03
Petróleo Brent: 1,30% / $111,48
Ouro: 0,22% / $1.827,08
Minério de Ferro: -1,72% / $114,15
Soja: 0,25% / $1.597,25
Milho: -0,33% / $744,25
Café: 0,86% / $234,45
Açúcar: -0,33% / $18,32