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Memória 2020 Atemoriza 2021 com Novos Agregados, Políticos e Riscos em Ascensão!

Publicado 13.01.2021, 06:00
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O mundo global tenta se reorganizar em 2021 e consolidar novas perspectivas, contudo convive com a memória deixada de 2020 que ainda é muito forte, em especial em torno dos danos causados pela pandemia do coronavírus, que se mantém presente e atemorizadora à retomada global das atividades econômicas.

A vacinação poderá contemporizar o mal, mas segundo os especialistas não a eliminará como endemia, e ademais o processo preventivo está muito lento permitindo que os malefícios das primeiras ondas se repliquem mundo afora de forma contundente e não permitam ver de forma confiante a curva em linha decrescente.

Este é um fato e que revela impactos diferentes em cada economia dependendo dos seus “status quo” econômico-financeiros e das suas capacidades de darem suporte às suas populações e a sua  própria atividade econômica.

Isto provoca em perspectivas o agravamento das relevantes diferenças entre as economias globais e as faz cada vez mais díspares entre si.

Este é um fato, absolutamente desafiador.

Mas 2021 então têm que conviver com os legados de 2020 e também enfrentar em conjunto novos desafios.

Os Estados Unidos, Europa, Reino Unido e alguns países asiáticos têm provido suas populações com suportes financeiros, além naturalmente de incrementos programáticos para manter o empenho na retomada das atividades econômicas, e tem dinamizado o processo de vacinação.

Contudo, há um outro lado do mundo, no qual se inclui o Brasil, em que a disponibilidade de recursos dos países é escassa ou já se tornou nula face aos dispêndios na fase primeira da pandemia do coronavírus, e, agora convivem com a exaustão da capacidade de assistir suas populações carentes e estão no limite de suas capacidades de gastos.

O Brasil, no primeiro momento, tem buscado o negacionismo por parte do governo de forma a mitigar as perspectivas negativas dos novos impactos da pandemia revigorados e assim a vê avançar em contágio e mortalidade a números atemorizantes e que podem estagnar as perspectivas, ainda que nem sempre fundamentadas, de retomada mais imediata da sua atividade econômica.

O cenário brasileiro é preocupante, com o governo sem recursos e com grave crise fiscal e convivendo com o risco de estagnação da atividade econômica mais acentuada revertendo os avanços alcançados com auxílio direto dos programas assistenciais encerrados, riscos efetivos de ações populistas que podem conduzir ao rompimento do teto orçamentário, processo de vacinação extremamente atrasado e desorganizado, povo incentivado ao desrespeito das regras de conduta preventiva aos contágios, e tendência real ao aumento do desemprego e pobreza de grande contingente de sua população face ao término do auxílio governamental.

E ainda, tem perturbações políticas presentes no processo sucessório no Congresso Nacional que renova as presidências do Senado e da Câmara, fato relevante visto que o país precisa dinamizar intensamente o andamento das reformas fundamentais para estimular o desenvolvimento, e o governo não tem base de apoio político sustentável.

Há, portanto, muitos medos, receios e incertezas presentes que não podem ser ignorados, embora haja um contingente que prefere o disfarce ao enfrentamento e para os quais não há soluções fáceis e rápidas.

É fundamental que se avalie este “colchão de adversidades” quando se observam os comportamentos do mercado financeiro, em especial nos seus ativos mais vistosos Dólar, Ibovespa e Juros.

Notoriamente Juro e Câmbio têm uma dicotomia relevante entre si quando a realidade exige que haja minimamente uma sinergia entre seus parâmetros, sendo isto técnico, o que não ocorre no Brasil e então refletem no cotidiano suas fragilidades e volatilidade, renunciando às tendências que seriam naturais e prováveis. Ambos estão com seus parâmetros exacerbados, e estes desajustes não passam despercebidos e repercutem na formação do preço do câmbio, no barateamento do hedge,  na inflação consequente do aviltamento do preço do dólar e no desgaste efetivo redutor  real dos ganhos dos assalariados.

A inflação oficial legada de 2020 foi de tão somente 4,52%, sendo 1,35% só em dezembro, e afirmamos “tão somente” visto que o IGP-M atingiu próximos 24% pc, e os alimentos básicos algo em torno de 13% com a contribuição inconteste do “câmbio alto” do Ministro Guedes. O IGP-M na 1ª prévia do ano apontou 1,89% e é inconteste que o 24% de 2020 vai realimentar a inflação em 2021 reajustando serviços e contratos.

A Ibovespa repercute ainda residualmente a “reconstrução” dos preços das suas principais “blue chips” que dependem muito mais do comportamento internacional das commodities do que do “status quo” interno e tem as empresas beneficiadas pela demanda internacional e câmbio favorável. Há o sempre promissor segmento das instituições financeiras que tem lucro certo e uma ou outra nova oportunidade, mas nada,  além disto,  para assegurar grande atratividade e um fortíssimo e consistente “boom” altista, que dependeria da retomada firme e homogênea da atividade econômica.

Há absoluta necessidade do BC/COPOM elevar a SELIC aproximando-a do nível mais compatível com o inflacionário atenuando as pressões sobre o juro futuro e com isto atenuar as pressões sobre o preço do dólar que repercute diretamente este desequilíbrio e agrega mais os advindos dos riscos inerentes à crise fiscal fomentando, então o aquecimento inflacionário da economia.

Se o governo errar no seu “forward guidance” poderemos replicar o péssimo 2020 também em 2021, com incremento maior do desemprego e pobreza.

Há influência externa também no câmbio, embora ainda não propagada a fundo e atenuada ontem, especula-se muito que no novo governo Biden, que deve ser bastante expansionista, o dólar fortalecido no mercado global será uma opção da ação do TN, que, contudo, parece contraditória às crenças da sua nova comandante Janet Yellen, e, naturalmente, seria negativo para a competitividade do produto americano no comércio exterior.

Enquanto não ajusta as desconformidades existentes na política monetária e cambial, o BC deve continuar suprindo o mercado de câmbio com oferta de contratos de swaps cambiais novos para “acalmar” a demanda de dólares por “hedge de insegurança”, quem sabe de forma mais incisiva. Não há pressões no mercado à vista.

Ontem, o mercado global como um todo desestressou um pouco,  mas pode ter sido só um hiato momentâneo nas tensões políticas americanas, que, contudo, devem ser perturbadoras, pelo menos,  até o dia 20, data em que haverá a posse de Biden.

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