Mais um balão de testes do PT na sessão de ontem e talvez pelo tempo em relativamente longo no passado em que estiveram no poder, esquecemos o quanto isto era constante em seus mandatos.
Entre suas reais intenções e as reações do mercado financeiro, da economia real, internacional etc., o PT vai testando nomes, propostas, ideias, pois tais reações pesam não dentro do partido, mas no congresso e na hora de serem aprovadas.
Deste modo, o lançamento da dobradinha Haddad-Arida foi o catalisador da alta do mercado ontem, pois a falta de um articulador na economia tem sido um dos fatores preponderantes na série de erros cometidos nas pretensas propostas da PEC da Transição.
A real intenção seria de se passar uma PEC gigantesca, com gastos quase ilimitados e pagando tanto aos aliados políticos, quanto agradando ao partido, tornando realidade todas suas promessas de campanha.
Na imposição da realidade, tal desejo não vai e não deve acontecer e o vai e vem de nomes tem tudo a ver com isso, pois as reações do mercado – as primeiras usualmente a acontecer – demonstram que um fiscal ruim é a receita mais básica ao desastre econômico.
Na ausência de agenda externa relevante ontem, o IPCA-15 abaixo de nossas projeções mostrou, acima de tudo, um movimento de descompressão de diversos itens de núcleo, apesar da pressão do índice cheio, capitaneada por alimentos e transportes.
Para os próximos meses, a tendência de seguir a sazonalidade, ou seja, o número de novembro mais modesto do que o de dezembro e um impacto acumulado em janeiro se desenha de maneira concreta e o IPCA pode fechar o ano em torno de 5,6%.
Para a sessão de hoje, com “metade” da sessão em Nova York, a agenda se concentra no local, com o IPC-Fipe semanal aos 0,53% (Infinity: 0,53%), aos custos de construção (INCC) e ao balanço de conta corrente.
No exterior, tanto o indicador de confiança em recuperação, quanto o PIB acima das expectativas ajuda o cenário alemão de fim de ano.
ABERTURA DE MERCADOS
A abertura na Europa é negativa e os futuros NY abrem em alta, com meio feriado de ação de graças nos EUA.
Em Ásia-Pacífico, mercados negativos na sua maioria, com a maior inflação no Japão em 40 anos.
O dólar opera em queda contra a maioria das divisas centrais, enquanto os Treasuries não operam positivos em todos os vencimentos.
Entre as commodities metálicas, sem rumo, destaque ao minério de ferro e cobre.
O petróleo sobe em Londres e em Nova York, com a medida inócua de tabelamento do preço do petróleo russo.
O índice VIX de volatilidade abre em alta de 1,62%.
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 5,3123 / -0,72 %
Euro / Dólar : US$ 1,04 / -0,250%
Dólar / Yen : ¥ 139,29 / 0,635%
Libra / Dólar : US$ 1,21 / -0,289%
Dólar Fut. (1 m) : 5313,84 / -1,65 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Junho 23: 14,06 % aa (-0,16%)
DI - Janeiro 24: 14,31 % aa (-1,89%)
DI - Janeiro 26: 13,48 % aa (-2,50%)
DI - Janeiro 27: 13,40 % aa (-2,69%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: 2,7471% / 111.831 pontos
Dow Jones: 0,2814% / 34.194 pontos
Nasdaq: 0,9925% / 11.285 pontos
Nikkei: -0,35% / 28.283 pontos
Hang Seng: -0,49% / 17.574 pontos
ASX 200: 0,24% / 7.259 pontos
ABERTURA
DAX: -0,220% / 14507,56 pontos
CAC 40: -0,272% / 6689,08 pontos
FTSE: 0,146% / 7477,52 pontos
Ibov. Fut.: 2,79% / 112609,00 pontos
S&P Fut.: 0,04% / 4034,75 pontos
Nasdaq Fut.: 0,183% / 11854,50 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: 0,12% / 116,65 ptos
Petróleo WTI: 2,17% / $79,63
Petróleo Brent: 1,66% / $86,76
Ouro: -0,32% / $1.753,30
Minério de Ferro: 3,75% / $99,30
Soja: 0,44% / $1.436,00
Milho: 0,99% / $663,25
Café: 1,37% / $162,30
Açúcar: 0,87% / $19,70