“Compensa o diferencial de juros ao prometer a taxa estável por um período relativamente mais longo, ou seja, ultrapassando 2023”.
Com esta frase, citamos os que entendíamos ser possível ser utilizado como estratégia pelo Banco Central, para findar o processo de aperto monetário, nesta reunião.
O COPOM foi ainda mais enfático, ou seja, ainda mais Hawkish e incluiu um possível aumento entre 25 e 50 bp na próxima reunião, de forma a assegurar o sinal de ancoragem das expectativas, especialmente as de 2024.
Em meio às mudanças de cenário, especialmente os de inflação no Brasil, a possibilidade de que o Banco Central revise tal posição até a próxima reunião do COPOM não pode ser descartada e fecharmos o ano em uma taxa igual à atual pode se converter como uma realidade.
Diferente de outros Bancos Centrais no mundo, o brasileiro está mais do adiantado no aperto monetário, com a taxa de juros fortemente em zona contracionista e como citamos ontem, elevações pontuais tem efeito marginal cada vez mais reduzido, em meio às dimensões da atual taxa nominal.
Tal contexto, diferente daquele observado em economias desenvolvidas, sequer leva em consideração, ou literalmente torce para o fim do conflito na Ucrânia e dos lockdowns na China, os principais artífices da inflação em emergentes e catalisador da inflação em países com excesso de liquidez derramada na economia.
Portanto, nosso pico inflacionário possui um desenho um tanto mais preciso do que aquele preconizado, por exemplo, por membros do Fed e desejado por tantas autoridades monetárias no mundo todo.
A pressão de preços continua, como observado no CPI britânico aos 0,7%, levando a taxa atual aos 9,1%, enquanto o PPI atingiu 2,1% e 23,7% ao ano e assim como no bloco europeu e EUA, surpreendem até quando comparados com países emergentes, como o Brasil.
Temores crescentes de que a economia global entre em recessão recentemente pesa bastante nos mercados por conta das elevações de juros nos EUA e em velocidade mais reduzida, na Europa, porém o processo não tem aderência em nível global.
O Yen está no menor nível em 24 anos, dada a política ultrafrouxa do BoJ e provavelmente o Japão acompanhará a China em uma política anticíclica forte.
ABERTURA DE MERCADOS
A abertura na Europa é negativa e os futuros NY abrem em baixa, com temores de recessão novamente atingindo aos mercados e na expectativa pelo discurso de Powell.
Em Ásia-Pacífico, mercados negativos, puxados pelas perdas internacionais do petróleo durante a sessão noturna.
O dólar opera em alta contra a maioria das divisas centrais, enquanto os Treasuries operam negativos em todos os vencimentos.
Entre as commodities metálicas, quedas, destaque ao minério de ferro, prata e cobre.
O petróleo abre em forte queda em Londres e Nova York, com os EUA forçando a queda de preços de combustíveis.
O índice VIX de volatilidade abre em alta de 3,35%.
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 5,1274 / -1,22 %
Euro / Dólar : US$ 1,05 / -0,123%
Dólar / Yen : ¥ 136,19 / -0,286%
Libra / Dólar : US$ 1,23 / -0,171%
Dólar Fut. (1 m) : 5165,03 / -0,61 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Junho 23: 13,63 % aa (0,05%)
DI - Janeiro 24: 13,19 % aa (-0,04%)
DI - Janeiro 26: 12,35 % aa (0,00%)
DI - Janeiro 27: 12,40 % aa (0,12%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: -0,1684% / 99.685 pontos
Dow Jones: 2,1462% / 30.530 pontos
Nasdaq: 2,5092% / 11.069 pontos
Nikkei: -0,37% / 26.150 pontos
Hang Seng: -2,56% / 21.008 pontos
ASX 200: -0,23% / 6.509 pontos
ABERTURA
DAX: -1,973% / 13030,09 pontos
CAC 40: -1,745% / 5860,57 pontos
FTSE: -1,428% / 7049,94 pontos
Ibov. Fut.: -0,31% / 101360,00 pontos
S&P Fut.: -1,33% / 3717,5 pontos
Nasdaq Fut.: -1,542% / 11398,25 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: -1,94% / 123,88 ptos
Petróleo WTI: -4,83% / $104,23
Petróleo Brent: -4,43% / $109,57
Ouro: -0,23% / $1.828,69
Minério de Ferro: -5,71% / $108,35
Soja: -0,86% / $1.666,00
Milho: 0,13% / $761,25
Café: 0,06% / $233,25
Açúcar: -0,86% / $18,51