Os preços da soja e seus derivados recuaram em junho, especialmente na segunda quinzena do mês, período em que o Real se valorizou frente ao dólar. Pesquisadores do Cepea indicam que o desenvolvimento das lavouras norte-americanas e a finalização da colheita na Argentina foram os principais motivos das quedas no Brasil. Assim, o Indicador CEPEA/ESALQ (Paraná) caiu 1,63% no acumulado de junho, fechando a R$ 86,78/saca de 60 kg no dia 30 – na sexta-feira, 1º, subiu um pouco e fechou a R$ 88,53/saca 60 kg.
MILHO: Depois de subir por 12 meses, média mensal cai
Após 12 meses consecutivos de altas, a média mensal do Indicador do milho ESALQ/BM&FBovespa (Campinas – SP) em junho, de R$ 49,12/saca de 60 kg, caiu 4,46% frente ao mês anterior. Apesar disso, a média supera em 96% a de junho/15, em termos nominais. Na sexta-feira, 1º, o Indicador fechou a R$ 41,12/saca de 60 kg, recuo de 3,56% em relação à sexta-feira anterior. Segundo pesquisadores do Cepea, compradores seguem pressionando as cotações do cereal, atentos ao avanço da colheita da segunda safra. Vendedores, por sua vez, apostam que a menor produtividade no campo deve sustentar as cotações. Nesse ambiente, as negociações seguem lentas, tanto no mercado spot quanto no a termo.
MANDIOCA: Preço médio sobe 18% em junho
A oferta de mandioca segue abaixo das expectativas para o período. Produtores consultados pelo Cepea continuam priorizando o plantio e, na espera de altas, postergam a comercialização. A demanda pela raiz, por sua vez, seguiu firme em junho, já que a expectativa é de melhora na comercialização dos derivados, principalmente da farinha. Assim, a disputa pela matéria-prima impulsionou as cotações. Entre 24 de junho e 1º de julho, o valor médio a prazo para a tonelada de mandioca posta fecularia foi de R$ 343,39, alta de 9,4% frente à semana anterior. Conforme cálculos do Cepea, o preço médio nominal a prazo para junho superou em 17,9% o de maio.