No início de junho a Associação Leite Brasil divulgou a classificação dos maiores laticínios do Brasil em volume de leite captado (2013).
Para a seleção houve colaboração da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), da Confederação Brasileira de Cooperativas de Laticínios (CBCL), da Organização das Cooperativas Brasileira (OCB) e da Embrapa Gado de Leite.
Os laticínios Frimesa, Vigor, Confepar, Cooperativas Castrolândia e Batavo avançaram duas posições frente à 2012, enquanto a Danone e os Laticínios Bela Vista uma.
A saída da Italac foi responsável pela alteração do podium. A posição da Italac, que estava em quarto lugar, foi ocupada pelo Laticínio Bela Vista.
O principal destaque no levantamento foi a saída da LBR e a entrada da BRF ocupando a segunda colocação.
Veja a Tabela 1.
A DPA Manufacturing Brasil ou Nestlé, está em primeiro lugar, com captação de 2,03 bilhões de litros em 2013, alta de 3,6% em relação a 2012, quando a captação foi de 1,96 bilhão de litros.
A BRF captou 1,38 bilhão de litros em 2013, queda de 10,4% frente a 2012 (1,54 bilhão de litros). Vale lembrar que até 2012 a BRF não participava deste levantamento.
A Confepar apresentou o melhor desempenho com um aumento de captação de 54,1%. Em 2012 o laticínio captara 270,00 milhões de litros, e em 2013 o volume aumentou para 410,00 milhões de litros.
A participação dos cinco maiores laticínios brasileiros corresponde a 70,3% do volume total captado. Veja figura 1.
O principal fator de sustentação deste cenário foi o investimento dos produtores na atividade em 2013, reflexo a melhoria da remuneração. Isso permitiu que os laticínios aumentassem seus estoques.
Por outro lado, foi verificada uma alta de 10,1% no Índice Scot Consultoria do Custo de Produção de Leite em 2013 na comparação com 2012.
Isso foi causado, principalmente, pelo aumento dos preços dos alimentos concentrados proteicos (destaque para o caroço de algodão), dos combustíveis e de defensivos (com altas chegando a 54,5%).
Considerações Finais
A queda na captação da BRF em 2013 pode ser explicada, em parte, pela recente reestruturação interna da empresa, cujo principal objetivo foi reduzir a capacidade ociosa de suas plantas.
O único laticínio que não registrou alteração significativa no volume captado foi o Centroleite, que manteve a captação em 250,00 milhões de litros em 2012, e em 2013.
Ainda assim, manteve-se à frente do Frimesa, que mesmo com aumento de 16,1% no volume captado ocupa a última colocação da classificação, com 220,00 milhões de litros de leite captados em 2013.