O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou no dia 18 de setembro os resultados da Pesquisa Trimestral do Leite, referentes ao segundo trimestre de 2014.
A pesquisa contempla o volume de leite adquirido pelos laticínios com algum tipo de inspeção, seja municipal, estadual ou federal.
O volume de leite adquirido pelos laticínios brasileiros em abril, maio e junho deste ano totalizou 5,78 bilhões de litros, 8,4% mais em relação ao mesmo período de 2013.
Com isso, no primeiro semestre foram captados 11,98 bilhões de litros de leite, volume 8,6% maior em relação ao mesmo período do ano passado. Veja figura 1.
Observe na figura 1 que em todos os meses deste ano, o volume de leite foi maior na comparação com igual período do ano passado.
O aumento da produção de leite é reflexo dos investimentos na atividade em 2013 e em 2014, em especial na alimentação.
As quedas de preços dos grãos e farelos, com destaque para o milho, permitiram maiores investimentos em alimentação na entressafra deste ano.
No caso do milho, em setembro, o produtor pagou 8,3% menos pela saca, em relação a igual mês de 2013. O preço do farelo de soja caiu 8,9% neste período.
Considerações finais
O aumento da disponibilidade interna de leite é o principal fator de pressão de baixa no mercado em 2014, já que a demanda não acompanhou este incremento.
Segundo o Índice Scot Consultoria para a Captação de Leite, o volume aumentou 3,2% em julho, na comparação com junho (média nacional). Em agosto, os dados parciais apontam para um aumento de produção de 2,3%, em relação a julho.
O volume em agosto esteve 9,0% maior, na comparação com o mesmo período do ano passado.
A expectativa é de mercado andando de lado até o pagamento de novembro, referente ao leite entregue em outubro. No Sul, a pressão de baixa está maior.
É o início da safra no Brasil Central e Centro-Sul.
Paola Jurca Grígolli - engenheira agrônomo
Rafael Ribeiro de Lima Filho - zootecnista
Scot Consultoria