Panorama Semanal de 8 a 12/3*
DESTAQUES
A semana foi concorrida no noticiário. Entre os principais destaques está a decisão do ministro do STF Edson Fachin de anular as condenações do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva nos processos da Lava-Jato, com a recuperação de seus direitos políticos.
Sobre o vírus: estamos no pior momento da pandemia, de acordo com boletim da Fiocruz. A notícia que se repete são os sucessivos recordes diários de mortes por Covid-19 no Brasil, com superlotação de UTIs e falta de leitos na maior parte dos estados.
Nos EUA, o presidente Joe Biden assinou o pacote de estímulos de US$ 1,9 trilhão, que inclui medidas progressistas. Por aqui, o texto-base da PEC que possibilita o pagamento do auxílio emergencial foi aprovado em segundo turno na Câmara e deve ser promulgado nesta sexta-feira. Se tudo correr conforme o esperado, a previsão é que os pagamentos dos benefícios comecem em abril.
LULA
Em seu primeiro discurso após a decisão de Fachin, Lula evitou falar de sua possível candidatura em 2022. Lembrou feitos de seu mandato como presidente, bateu na Lava-Jato e criticou o atual governo, sobretudo no que tange a vacinação e medidas contra Covid-19, além da política econômica. A volta de Lula aos palanques mexe com o cenário político para as próximas eleições presidenciais. O presidente Jair Bolsonaro disse que o Lula já está em campanha, mas está comemorando antes da hora, já que a decisão pode ser revista pelo plenário do STF.
O imbróglio jurídico envolve ainda o julgamento da suspeição do juiz Sérgio Moro, que põe mais lenha na fogueira. A apreciação está parada na Segunda Turma do Supremo, pois o ministro Nunes Marques pediu vista. A votação, que não tem data para ser retomada, está empatada.
COVID-19
O Brasil segue com registros de mais de 2 mil mortos por Covid-19 em um único dia. Pelo país, a situação nos hospitais é bastante crítica, e governadores e prefeitos vêm adotando medidas mais restritivas na tentativa de conter a contaminação. Um grupo de 20 governadores firmou um acordo nesse sentido, para tentarem atuar em conjunto. São Paulo entrou em “alerta crítico”.
A vacinação continua em ritmo lento, abaixo do necessário, com dificuldades nas negociações e atraso, em relação ao plano divulgado pelo Ministério da Saúde, na compra e no recebimento de doses.
GOVERNO FEDERAL
Em meio ao noticiário político mais quente, ao avanço da pandemia e à queda de popularidade, o presidente Bolsonaro apareceu em público usando máscara, no evento em que sancionou a lei que possibilita a compra de vacinas da Pfizer e da Janssen. Em outros momentos, no entanto, segue sem máscara. Seu discurso agora tem sido de apoio à vacinação.
PEC EMERGENCIAL
Na votação de destaques da PEC Emergencial, os parlamentares aprovaram o texto-base, que define os gatilhos de ajuste fiscal e mantém o teto de R$ 44 bilhões para a renovação do pagamento do auxílio. Entre as modificações, foi aprovada a liberação para progressão e promoção de servidores públicos, como policiais. Após a promulgação, o governo está apto para editar a MP que libera o benefício aos mais vulneráveis socialmente.
INFLAÇÃO
Na economia, há uma preocupação maior com a inflação, após a divulgação da taxa de 0,86% em fevereiro. Em 12 meses, o IPCA está em 5,2%, perto do teto da meta oficial. Aumentam as expectativas de agentes do mercado acerca de uma alta de 0,75 ponto na Selic (taxa básica de juros, hoje em 2% ao ano). E, para conter o avanço do câmbio esta semana, o Banco Central atuou no mercado, disponibilizando a moeda americana.
EUA
Nos Estados Unidos, o presidente Joe Biden promulgou o pacote de estímulos de US$ 1,9 trilhão, para mitigar os efeitos da pandemia e reduzir desigualdades sociais. Entre as medidas, estão cheques de US$ 1.400 destinados à parte da população e subsídios para seguro de saúde. Além disso, o pacote prorroga os US$ 300 semanais de benefícios desemprego. Está incluída também a remessa de US$ 360 bilhões para governos estaduais e fundos para ampliar a vacinação e reaberturas de escolas. A Casa Branca pretende abrir a imunização para todos os adultos a partir de maio.
No Brasil, no pregão desta quinta-feira, o dólar encerrou cotado a R$ 5,54, em queda de 1,93%. O Ibovespa fechou em alta de 1,96%, em 114.984 pontos.
Obrigada, bom fim de semana e até o próximo Panorama Semanal.
* Dados atualizados até as 8h30 do dia 12/3.