Um PIB americano acima das expectativas, além de uma série contínua de indicadores econômicos demonstrando a força da maior economia do mundo são elementos suficientes para confirmar a alta de juros por parte do FOMC na próxima reunião.
Ainda assim, os investidores aguardam as possíveis e ainda não implantadas medidas do novo presidente americano, para entender a longevidade deste ciclo de aperto monetário e seus impactos nos mercados globais.
Atenção hoje aos desagregados do PIB americano e no Brasil, dois importantes indicadores de atividade econômica, o IBC-Br e o desemprego, ativos necessários à continuidade do ciclo, agora em 100 bp, de corte de juros no Brasil.
De modo a equalizar as taxas, o CMN decidiu ontem reduzir a taxa de juros de longo prazo para 7%, o que não ocorria há muito tempo, contrariando inclusive a premissa indicada pelas autoridades econômicas de equalização dos juros.
CENÁRIO DE MERCADO
O fim do trimestre marca um período de correção do forte apetite pelo prêmio de risco que se iniciou após as eleições americanas e terminou efetivamente no início de março, mês o qual para muitos mercados globais foi de correção.
Localmente, esta correção se reverteu nos últimos 10 dias em alta, o que mostra que parte dos recursos saídos de mercados internacionais podem ter sido destinados ao Brasil.
Em meio à uma inflação melhor que as expectativas na Zona do Euro, PIB britânico dentro do projetado e dados positivos do mercado de trabalho alemão, os mercados abrem em queda no último dia do trimestre.
As bolsas na Europa e futuros em NY operam no negativo, assim como o fechamento da Ásia, também influenciado por um tweet de Trump dizendo que o encontro com o presidente Xi será difícil.
O dólar opera em franca alta, empatado somente com o euro e o rendimento dos Treasuries está em queda contra todos os vencimentos observáveis.
Entre as commodities, o dólar forte joga todas para baixo, inclusive o petróleo, o qual conseguiu romper a resistência dos US$ 50 em NY, porém não tem o valor como suporte crível.
CENÁRIO POLÍTICO
A emblemática condenação de Cunha deixa Brasília em alerta e novos movimentos políticos de autopreservação se multiplicam.
O juiz Sérgio Moro tem como alvo agora os partidos, beneficiários finais de muitos dos esquemas e cobra do PP R$ 2,3 bi.
O cenário pode ainda esquentar mais com o pedido de delação premiada de Eike Batista e de um possível rompimento de
Renan com o governo para apoiar Lula em 2018, também seguindo a premissa de autopreservação, principalmente de foro privilegiado.
Brasil sendo Brasil.
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 3,1197 / -0,69 %
Euro / Dólar : US$ 1,07 / -0,279%
Dólar / Yen : ¥ 111,10 / 0,054%
Libra / Dólar : US$ 1,24 / 0,040%
Dólar Fut. (1 m) : 3123,65 / -0,54 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Janeiro 18: 9,83 % aa (-0,12%)
DI - Janeiro 19: 9,43 % aa (-0,32%)
DI - Janeiro 21: 9,88 % aa (-0,30%)
DI - Janeiro 25: 10,22 % aa (-0,39%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: 1,37% / 65.528 pontos
Dow Jones: -0,20% / 20.659 pontos
Nasdaq: 0,38% / 5.898 pontos
Nikkei: -0,80% / 19.063 pontos
Hang Seng: -0,37% / 24.301 pontos
ASX 200: 0,39% / 5.896 pontos
ABERTURA
DAX: 0,059% / 12210,24 pontos
CAC 40: -0,070% / 5065,48 pontos
FTSE: -0,172% / 7361,07 pontos
Ibov. Fut.: -0,19% / 65832,00 pontos
S&P Fut.: -0,115% / 2354,30 pontos
Nasdaq Fut.: -0,087% / 5431,25 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: -0,40% / 85,06 ptos
Petróleo WTI: -0,28% / $49,37
Petróleo Brent:-0,61% / $52,10
Ouro: -0,24% / $1.250,41
Aço: -0,22% / $87,44
Soja: -0,11% / $18,45
Milho: -0,28% / $357,50
Café: -0,07% / $139,25
Açúcar: -1,75% / $16,84