Inflação do IGP-M mais baixa e déficit do governo central menor do que a mediana das projeções do mercado financeiro.
Estas deveriam ter sido as notícias a permear os ativos de mercado financeiro, porém os sinais de ruídos políticos constantes, dada a chegada das manifestações de 7 de setembro trouxeram volatilidade e falta de rumo.
DIs curtos para baixo, em resposta à inflação mais modesta, os longos para cima, em resposta aos temores da questão fiscal, enquanto dólar alivia seguindo a tendência global e bolsa perde o ritmo do mercado internacional.
Enquanto isso, em nível global, a inflação continua a mostrar força como hoje na Zona do Euro, com alta mensal de 0,4% e núcleo anual de 1,6%, a maior em 10 anos, na proximidade da próxima reunião do BCE.
Eis o ponto importante para o Brasil neste momento, pois o sofrimento com a inflação, a qual possui fortes elementos climáticos e de choques de ofertas em nível global não é nossa exclusividade.
Todavia, os excessos de ruídos e a falta de pragmatismo no avanço das pautas de reformas no congresso transformam o impacto que é global e local nos preços em um ônus do próprio governo, ou seja, um ataque autoinflingido.
Em termos globais, a esperança de reversão desta inflação é tão incerta quanto sua pretensa temporariedade, ou seja, se os bancos centrais continuarem a insistir em políticas irresponsavelmente frouxas por um período tão duradouro quanto estão sendo as atuais pressões de preços, a tendência seria somente de piora.
Portanto, o trabalho do governo neste momento deveria ser em recriar a agenda de ações e reformas com o congresso e ainda que se observe um esforço como aquele indicado por Guedes e Pacheco nas suas conversas recentes, é necessário que isso tudo se converta em ações, ao invés de discursos.
Por fim, o mundo também deveria estar mais atento à questão de crédito na China, excesso de estoque imobiliário que se formou nos últimos anos, shadow banking, a queda do bônus demográfico, apesar do fim do programa de filho único e as cada vez mais pesadas intervenções do governo, especialmente nas empresas de tecnologia, como já avisamos desde 2018.
Estes temas podem facilmente dominar o debate global em breve.
Atenção ao setor público consolidado aqui e ao mercado imobiliário nos EUA.
Abertura de mercados
A abertura na Europa é positiva e os futuros NY abrem em alta, na última sessão do mês de agosto.
Em Ásia-Pacífico, mercados positivos, apesar dos PMI na China abaixo das expectativas.
O dólar opera em queda contra a maioria das divisas centrais, enquanto os Treasuries operam positivos em todos os vencimentos.
Entre as commodities metálicas, altas, exceção ao cobre.
O petróleo queda alta em Londres e Nova York, com o furacão Ida mais fraco.
O índice VIX de volatilidade abre em baixa de -0,80%.
Câmbio
Dólar à vista : R$ 5,1848 / -0,38 %
Euro / Dólar : US$ 1,18 / 0,212%
Dólar / Iene: ¥ 109,90 / -0,009%
Libra / Dólar : US$ 1,38 / 0,044%
Dólar Futuros (1 m) : 5186,72 / -0,11 %
Juros futuros (DI)
DI - Julho 22: 7,96 % aa (-0,81%)
DI - Janeiro 23: 8,40 % aa (-0,53%)
DI - Janeiro 25: 9,33 % aa (-0,21%)
DI - Janeiro 27: 9,72 % aa (0,10%)
Bolsas de valores
Fechamento
Ibovespa: -0,7769% / 119.740 pontos
Dow Jones: -0,1578% / 35.400 pontos
Nasdaq: 0,9015% / 15.266 pontos
Nikkei: 1,08% / 28.090 pontos
Hang Seng: 1,33% / 25.879 pontos
ASX 200: 0,40% / 7.535 pontos
Abertura
DAX: 0,534% / 15972,15 pontos
CAC 40: 0,183% / 6699,56 pontos
FTSE 100: -0,206% / 7133,32 pontos
Ibovespa Futuros: -0,88% / 120280,00 pontos
S&P 500 Futuros: 0,435% / 4525,20 pontos
Nasdaq 100 Futuros: 0,255% / 15624,75 pontos
Commodities
Índice Bloomberg: -0,09% / 96,09 ptos
Petróleo WTI : -1,21% / $68,49
Petróleo Brent: -0,90% / $72,87
Ouro: 0,22% / $1.816,64
Minério de Ferro: -2,47% / $159,58
Soja: 0,40% / $1.309,50
Milho: 0,19% / $540,00
Café: 4,17% / $197,40
Açúcar: -0,84% / $20,08