No primeiro semestre de 2021, os embarques de produtos lácteos somaram 21,1 mil toneladas, 45,6% acima do volume escoado no mesmo período de 2020 e 16,7% superior ao do segundo semestre de 2020. Esse cenário esteve atrelado especialmente à valorização de 9,4% na moeda norte-americana frente ao Real no primeiro semestre deste ano em relação ao mesmo período de 2020. Os produtos lácteos mais exportados pelo Brasil foram o leite em pó e o leite condensado, representando por 23% e 21%, respectivamente, do total escoado pelo setor de janeiro a junho.
Já as importações totalizaram 72,3 mil toneladas de lácteos no primeiro semestre, quase 40% a mais que de janeiro a junho de 2020, mas redução de 41% em relação ao segundo semestre de 2020. Apesar do dólar elevado, a oferta limitada de matéria-prima no Brasil forçou as compras externas de lácteos para suprir a demanda doméstica. Representando 60% do volume importado, o leite em pó foi o item mais adquirido no período.
JUNHO – As exportações de lácteos em junho totalizaram 4,3 mil toneladas, forte aumento de 13,1% frente ao mês anterior e de 81,3% frente a junho/20. As vendas externas de leite em pó aumentaram em 45 vezes em relação ao mesmo mês do ano anterior, somando 1,5 mil toneladas, das quais 98% tiveram como destinado a Argélia. As vendas de leite fluido, segundo item mais exportado, estiveram 4 vezes superiores às de junho/20, totalizando 687 toneladas, sendo o Uruguai o maior destino (81%).
Já as importações somaram 8,8 mil t em junho/21, aumento de 5,6% frente ao mês anterior e de 2,4% em relação a junho/20. O leite em pó e os queijos representaram juntos 85% do volume total importado, somando 5,2 mil t e 2,2 mil t respectivamente. Os países do Mercosul foram os principais fornecedores do Brasil. De maio para junho, o déficit da balança comercial se manteve praticamente estável, em 4,6 mil t de produtos lácteos. Em contrapartida, por conta dos elevados preços de importação, o déficit financeiro foi de US$ 22,6 milhões em junho, alta de 4% sobre o de maio.