Os Custos Operacionais Efetivos(COE) da pecuária leiteira subiram 2,71% em maio na “média Brasil” (BA, GO, MG, PR, RS, SC e SP), acumulando avanço expressivo de 10,94% em 2021. Dentre os estados pesquisados, Minas Gerais foi o que registrou o maior aumento no COE em maio,de 3,8%, seguido pelo Paraná (2,15%) e São Paulo (1,73%). Apesar dosrecentes aumentos nos preços do leite,o contínuo avanço nos custos de produção neste ano exige muita atenção de produtores. Ressalta-se que muitos já estão com as margens apertadas, e os pecuaristas que não controlarem os números de sua atividade estão aindamais vulneráveis.
Novamente, o insumo que mais pesou no bolso do produtor foi o concentrado, que se valorizou 4,36% em maio e 11,94% no ano,também na “média Brasil”. Esse cenário é resultado dos elevados preços da soja e do milho. Em maio, o Indicador da soja ESALQ/BM&FBovespa – Paranaguá (PR) teve média de R$ 176,39/saca de 60 kg, ligeira queda de 0,4% sobre a de abril/21. Já o Indicador do milho ESALQ/BM&FBovespa (Campinas – SP) teve média de R$ 100,72/saca, com alta de 3,67%em relaçãoà de abril/21. Diante disso,o poder de compra do produto leiteiro frente ao milho caiu pelo quinto mês consecutivo.Em maio, foram necessários 49,46 litros de leite para a aquisição de uma saca de 60 kg (base Campinas -SP), contra 48,97 litros no mês anterior
A suplementação mineral foi o segundo grupo que mais influenciou o aumento nos custos das dietas em maio. Os estados que apresentaram as maiores elevações nos gastos com este insumo no mêsforam Minas Gerais (4,93%), Santa Catarina (3,67%) e Bahia (3,41%). No acumulado de 2021, os suplementos minerais se valorizaram 9,95% na “média Brasil”. Adubos e corretivos também se mantêm em alta ao longo de 2021, com elevação de 24% de janeiro a maio para a“média Brasil”.