Mesmo com os elevados preços externos, as importações de lácteos cresceram 14,5% em maio frente ao mês anterior, somando 8,4 mil toneladas. Esse cenário é resultado da baixa disponibilidade de matéria-prima no mercado brasileiro, intensificada pelo período de entressafra da produção leiteira no Sudeste e Centro-Oeste. Além disso, a desvalorização de 5% do dólar frente ao Real em maio também favoreceu as compras externas de lácteos. De acordo com os dados da Secex, as importações de leite em pó totalizaram 4,18 mil toneladas em maio, 26% a mais que em abril e correspondendo por 49,7% do volume total de lácteos importado no mês. Os principais fornecedores do derivado foram o Uruguai e a Argentina, responsáveis por 49,8% e 39,6%, respectivamente. O preço médio do leite em pó importado foi de US$ 3,17/kg, valor 5% superior ao de abril/21.
A categoria de queijos representou 22,7% do total importado, somando 1,9 mil toneladas, aumento de 3,2% frente ao mês anterior. Os maiores fornecedores foram a Argentina, enviando 70% do total adquirido pelo Brasil. A cotação média dos queijos importados foi de US$ 8,21/kg em maio, queda de 7% frente à de abril. Já as exportações recuaram 22% em maio, totalizando 3,81 mil toneladas. As vendas externas de leite em pó caíram 42,5%, mas o derivado ainda representou por 30,1% do total de lácteos exportado em maio. Ainda assim, o volume de leite em pó embarcado pelo Brasil foi bem superior ao de maio/20. O principal destino do produto lácteo brasileiro foi a Argélia (87,7%).
BALANÇA COMERCIAL – Com o aumento nas importações e queda nas exportações, o déficit na balança comercial quase dobrou (+90,5%) de abril para maio, indo para US$ 21,7 milhões. Em volume, o déficit foi de 4,6 mil toneladas, 87% acima do registrado em abril/21.