Passado o feriado de 7 de setembro, apesar dos discursos de Bolsonaro, a tendência se desenhava a um ‘respiro’ político do presidente, após um período de popularidade declinante.
Muito rapidamente, tal premissa se desfez com a inflação superando fortemente as expectativas do mercado e a retórica de conflito do presidente permanecendo inalterada, fechando as portas para negociações com o congresso, em especial para as reformas.
A carta redigida a quatro mãos, com a anuência do ex-presidente Temer trouxe um alívio temporário, ao ponto do mercado na última sessão da semana seguir os desígnios dos ativos internacionais quase que completamente, ou seja, praticamente sem interferências internas.
Por fim, o fiel da balança para os protestos de 7 de setembro e para a terceira via das eleições seriam os protestos do dia 12, o qual, como nos termos usados na internet, ‘flopou’, ou seja, fracassaram.
Este é mais um ponto de sobrevida política do incumbente, que necessita agora de alguns fatores importantes, entre eles: o cumprimento da pacificação descrita na carta e especialmente; o avanço das reformas estruturantes arrastadas no congresso.
Se tudo se consolidar sem os tradicionais e incômodos ruídos, a tendência para os ativos de mercado financeiro seria de maior estabilidade, porém, ao estarmos inseridos no imponderável da política, tudo não passa de conjecturas, afinal, sempre existe o elemento humano.
A semana é de foco nas inflações, em especial o CPI nos EUA, após a inflação ao atacado PPI mais uma vez superar as projeções médias dos analistas e apontar um cenário de pressões que pode se estender ao atacado, apesar dos alívios recentes em uma série de commodities.
Em tal contexto, foco semelhante é dado às inflações ao atacado e varejo na Europa, com destaque para a Zona do Euro, a qual relatou o pior resultado em 10 anos e para o Reino Unido.
Atenção à atividade na China.
Abertura de mercados
A abertura na Europa é positiva e os futuros NY abrem em alta, após cinco dias consecutivos de perdas e de olho nas inflações.
Em Ásia-Pacífico, mercados positivos, apesar de permanecer o temor da regulação sobre as empresas chinesas de jogos e educação.
O dólar opera em alta contra a maioria das divisas centrais, enquanto os Treasuries operam positivos até os 5 anos de vencimento.
Entre as commodities metálicas, quedas, destaque à prata.
O petróleo abre em alta em Londres e Nova York, com atenção aos menores estoques globais.
O índice VIX de volatilidade abre em baixa de -7,30%.
Câmbio
Dólar à vista : R$ 5,2468 / 0,81 %
Euro / Dólar : US$ 1,18 / -0,212%
Dólar / Iene : ¥ 110,11 / 0,155%
Libra / Dólar : US$ 1,38 / -0,145%
Dólar Futuro. (1 m) : 5267,06 / -0,91 %
Juros futuros (DI)
DI - Julho 22: 8,65 % aa (4,85%)
DI - Janeiro 23: 9,16 % aa (-0,92%)
DI - Janeiro 25: 10,18 % aa (-0,88%)
DI - Janeiro 27: 10,58 % aa (-1,31%)
Bolsas de valores
Fechamento
Ibovespa: -0,9319% / 114.286 pontos
Dow Jones: -0,7789% / 34.608 pontos
Nasdaq: -0,8707% / 15.115 pontos
Nikkei: 0,22% / 30.447 pontos
Hang Seng: -1,50% / 25.814 pontos
ASX 200: 0,25% / 7.425 pontos
Abertura
DAX: 0,924% / 15754,01 pontos
CAC 40: 0,649% / 6706,99 pontos
FTSE 100: 0,575% / 7069,62 pontos
Ibovespa Futuros.: -1,06% / 114660,00 pontos
S&P 500 Futuros: -0,757% / 4458,30 pontos
Nasdaq 100 Futuros: 0,395% / 15512,75 pontos
Commodities
Índice Bloomberg: 0,28% / 97,38 ptos
Petróleo WTI: 1,26% / $70,74
Petróleo Brent: 0,85% / $73,73
Ouro: 0,13% / $1.789,60
Minério de Ferro: -1,37% / $133,18
Soja: 1,31% / $1.275,25
Milho: 0,05% / $503,00
Café: 0,32% / $185,60
Açúcar: -0,53% / $18,70