Para quem não iniciou os festejos, estes são os últimos dias, última semana, último mês, com fechamento dos últimos trimestre e semestre do ano, tudo encurtado pelo feriado de ano novo, volume reduzido e agenda macroeconômica ainda mais reduzida.
Começam a se voltar as expectativas para o próximo ano, com os desafios ainda presentes da pandemia, apesar dos sinais reiterados de que a nova variante, ainda que mais contagiosa, é menos letal; com a tentativa de resolução da questão do choque global de oferta, em especial pela China; pela disputa igualmente global do atuais modais energéticos; localmente, da eleição majoritária e possíveis reformas que possam ainda caminhar no congresso, apesar da paralisia parlamentar típica do período.
Além disso, a inflação, mesmo com sinais mais claros de alguns alívios, continua a ser uma constante na maioria dos países, o que deve preservar os processos de aperto monetário e a revisão por parte dos países ainda reticentes dos programas de injeção de liquidez.
Assim, podemos entender que o mundo não gira obviamente sob o calendário gregoriano e os problemas que assolam 2021 facilmente continuarão no foco dos investidores globais, dado o contexto ainda “em aberto” da maioria dos temas.
Para esta semana, a agenda macroeconômica limitada em termos internacionais não impede que uma série considerável de dados relevantes estejam presentes na agenda local, com destaque para inflação, os dados de emprego e fiscais.
No lado do emprego, a expectativa é de que o CAGED divulgado antecipadamente na semana anterior adicione ainda mais pressão de queda no desemprego e assim, a taxa deve cada vez mais se aproximar dos 12%.
O IGP-M deve retornar ao positivo, quando parte da deflação do atacado ajuda na queda do varejo, porém o atacado deixa de mostrar índices negativos.
Ainda que uma parcela dos indicadores sugira uma recessão técnica, existem elementos setoriais que desafiam tal percepção e portanto, o quarto semestre, a depender do consumo no varejo, setor automotivo e mais alguns componentes de dados industriais, pode retomar o positivo.
Na mesma linha, os dados fiscais devem mostrar, ainda que em déficit, um cenário de passado positivo, quando comparado com a perspectiva futura não tão brilhante.
ABERTURA DE MERCADOS
A abertura na Europa é positiva e os futuros NY abrem em alta, com os volumes limitados pelos feriados.
Em Ásia-Pacífico, mercados mistos, com várias bolsas fechadas devido ao feriado de natal.
O dólar opera em alta contra a maioria das divisas centrais, enquanto os Treasuries operam negativos em todos os vencimentos.
Entre as commodities metálicas, quedas, com destaque ao minério de ferro e prata.
O petróleo abre em queda em Londres e Nova York, após cancelamentos de voos nos EUA devido à COVID-19.
O índice VIX de volatilidade abre em alta de 6,57%.
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 5,6745 / -0,04 %
Euro / Dólar : US$ 1,13 / -0,018%
Dólar / Yen : ¥ 114,64 / 0,227%
Libra / Dólar : US$ 1,34 / 0,149%
Dólar Fut. (1 m) : 5670,26 / -0,19 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Janeiro 23: 11,59 % aa (1,62%)
DI - Janeiro 24: 10,89 % aa (1,63%)
DI - Janeiro 26: 10,48 % aa (1,45%)
DI - Janeiro 27: 10,53 % aa (1,45%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: -0,3348% / 104.891 pontos
Dow Jones: 0,5501% / 35.951 pontos
Nasdaq: 0,8471% / 15.653 pontos
Nikkei: -0,37% / 28.676 pontos
Hang Seng: 0,13% / 23.224 pontos
ASX 200: 0,44% / 7.420 pontos
ABERTURA
DAX: 0,204% / 15788,52 pontos
CAC 40: 0,137% / 7096,26 pontos
FTSE: -0,017% / 7372,10 pontos
Ibov. Fut.: -0,46% / 106047,00 pontos
S&P Fut.: 0,16% / 4723,5 pontos
Nasdaq Fut.: 0,267% / 16341,50 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: -0,25% / 98,65 ptos
Petróleo WTI: -1,37% / $72,79
Petróleo Brent: -0,13% / $76,04
Ouro: -0,26% / $1.805,56
Minério de Ferro: -0,72% / $112,54
Soja: 0,77% / $1.342,25
Milho: 0,91% / $611,25
Café: -1,01% / $231,20
Açúcar: -0,10% / $19,24