Por mais que se eleve o temor com o colapso da China Evergrande Group (HK:3333) na China, a última coisa que se pode dizer sobre o tema é de que foi um risco de cauda ou mesmo, um novo ‘cisne’, em seus 50 tons de negro.
A questão da Evergrande é um sintoma de um problema que se avoluma na China há alguns anos, pois o que se via no passado, era um excesso de recursos financeiros advindos do crescimento econômico e a necessidade de alocação de tais recursos em qualquer coisa que ‘girasse’ a economia.
O setor imobiliário, seguindo a mesma linha, acabou por injetar quantidades colossais de recursos numa série de empreendimentos sem grandes estudos de viabilidade econômica, em áreas, por exemplo, que havia mais oferta de imóveis do que população disponível para habita-los.
Com baixa regulação e em busca de constantes volumes consideráveis de recursos, diversas empresas criaram emissões de toda a sorte, sem passar pelo sistema bancário tradicional e com colaterais no mínimo duvidosos, como o exemplo citado acima.
A semelhança com a crise de hipotecas vem exatamente destes colaterais e do peso que as seguradoras tem no processo, ainda que o alcance seja consideravelmente menor quando comparado há 13 anos.
A segunda pior consequência dos eventos da Evergrande é a ânsia por controle do PCCh sobre as empresas, já avançando fortemente sobre as de tecnologia e trazendo dúvidas aos investidores internacionais sobre a possibilidade de manter investimentos em solo chinês.
Para o mundo, sem buscar alternativa industrial à China e à região, resta a dependência a um país que pode operar facilmente sem a necessidade da demanda e capital do restante do mundo.
A semana turbulenta se inicia com foco em quatro reuniões de política monetária: Copom, FOMC, BoJ e BoE. A perspectiva somente do Copom elevar juros, porém o cenário inflacionário global tem pressionado os Bancos Centrais mais dovish ao menos a repensar suas políticas de estímulos constantes.
O Fed também divulga suas projeções.
Abertura de mercados
A abertura na Europa é negativa e os futuros NY abrem em baixa, com os problemas da Evergrande e na expectativa com reuniões de PolMon.
Em Ásia-Pacífico, mercados positivos, com exceção de Hong Kong por conta da Evergrande e feriado na China continental.
O dólar opera em alta contra a maioria das divisas centrais, enquanto os Treasuries operam negativos em todos os vencimentos.
Entre as commodities metálicas, quedas, exceção ao ouro e prata.
O petróleo abre em queda em Londres e Nova York, com o aumento da produção do Golfo do México.
O índice VIX de volatilidade abre em alta de 20,52%.
Câmbio
Dólar à vista : R$ 5,2893 / 0,58 %
Euro / Dólar : US$ 1,17 / -0,196%
Dólar / Iene : ¥ 109,67 / -0,264%
Libra / Dólar : US$ 1,37 / -0,568%
Dólar Futuros (1 m) : 5294,57 / 0,21 %
Juros futuros (DI)
DI - Julho 22: 8,49 % aa (0,47%)
DI - Janeiro 23: 9,04 % aa (0,72%)
DI - Janeiro 25: 10,21 % aa (0,79%)
DI - Janeiro 27: 10,63 % aa (0,76%)
Bolsas de valores
FECHAMENTO
Ibovespa: -2,0694% / 111.439 pontos
Dow Jones: -0,4789% / 34.585 pontos
Nasdaq: -0,9086% / 15.044 pontos
Nikkei: 0,58% / 30.500 pontos
Hang Seng: -3,30% / 24.099 pontos
ASX 200: -2,10% / 7.248 pontos
ABERTURA
DAX: -2,254% / 15141,04 pontos
CAC 40: -2,163% / 6428,08 pontos
FTSE 100: -1,595% / 6852,54 pontos
Ibovespa Futuros: -2,17% / 111697,00 pontos
S&P 500 Futuros.: -0,877% / 4375,10 pontos
Nasdaq 100 Futuros: -1,165% / 15165,75 pontos
Commodities
Índice Bloomberg: -1,23% / 96,34 ptos
Petróleo WTI: -2,07% / $70,36
Petróleo Brent: -1,67% / $73,91
Ouro: 0,28% / $1.758,97
Minério de Ferro: -4,66% / $123,00
Soja: -1,07% / $1.268,50
Milho: -1,42% / $519,25
Café: -0,27% / $187,30
Açúcar: -1,46% / $18,92